50- Ele ou Eu

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Day... Carol... – Reconheci a voz de Logan. – Eu preciso contar toda a verdade para vocês...

CAROL POV

  Descemos a escada em silêncio, a tensão no ar poderia ser cortada com uma faca. Estávamos indo em direção ao escritório, quando a pessoa que eu realmente não queria ver apareceu. Zyan estava descabelado, roupa amassada e cheirava a álcool. Apenas neguei, não entendia o motivo para ele estar daquela maneira. 

-Dayane, Dayane você nunca aprende. – Ele soltou uma gargalhada. 

- Apenas sigam em frente. –Day falou. 

- Isso, sigam em frente. –Zyan gritou.

Zyan ainda esbarrou no ombro de Day, tentando provoca-la. Apenas segurei sua mão e seguimos em frente. Agradeci internamente por ele não ter tentado mais nada, o dia já estava bem complicado, para todos nós e eu sabia que Day estava a um passo de socar alguém até a morte. Quando entramos no escritório, ela fechou a porta e se sentou na antiga cadeira de seu avô, eu não sabia onde sentar, Day pediu para me sentar ao lado de Logan. O rapaz com o rosto inchado, cheio de hematomas mais parecia ter apanhado de uns três homens.

- A pessoa que eu mostrei na casa de vocês, realmente sou eu. – Ele falou tranquilo. – Minha mãe, Angélica, me criou para ser uma pessoa de bem, que trata bem as mulheres e que sabe respeitar a todos. 

- Tenho certeza que sim. – Sorri para ele. Por mais que no início eu tenha ficado com o pé atrás e com medo dele nos fazer mal, agora eu simpatizava com ele. 

- Angélica teve câncer, um bem grave, como disse, vovô não aparecia mais, achei que ele iria nos abandonar, mas depois descobri que ele havia sofrido um avc, mas já era tarde demais, Matty me deu dinheiro para o tratamento, no início ele não revelou quem era, só depois da morte da minha mãe que ele se revelou, disse que cuidaria de mim, me pediu para ir morar com ele. 

- E por que não aceitou? –Day parecia outra pessoa, estava séria, fria e bem distante. Realmente não queria que Logan visse aqueles lados de Day, porque ela não era assim, era amorosa, carinhosa e uma ótima mãe, mesmo as vezes agindo como adolescente. 

- A enfermeira do meu avô. 

- Oh meu Deus! – Coloquei as mãos na cabeça.

- Elana Darah? –Day perguntou. 

- Sim, ela mesmo. – O rapaz sorriu. – Ela me ajudou, disse que foi um pedido do meu avô, porque ele estava muito doente, na verdade foi ela quem me mostrou fotos de vocês, disse que iria conversar com meu avô para que eu pudesse te conhecer, mas ele nunca deixava. – O rapaz parecia bem triste por isso. – Eu amava muito Angelica, para mim ela sempre vai ser minha mãe, mas ela era diferente de mim, não só fisicamente, mas em muitas coisas, já você, em poucos dias, me entende só com o pensamento, mesmo tendo me batido, eu sei que é porque estava preocupada e eu te desculpo por isso.

- Sério? – Day falou irônica. 

-Dayane! – A repreendi. 

- Me desculpe. –Day abaixou a cabeça e suspirou. – Logan, eu te amo. –Day falou com toda a sinceridade. – Mas eu não quero arriscar toda minha família... nem você. Eu vou te dar uma escolha, você está conosco ou com ele, se escolher ficar com ele, eu vou deixar você ir, não irei fazer nada, mas se ficar conosco, eu prometo que vou tentar ser a melhor mãe possível, vou cuidar de você e te dar oportunidade de fazer parte da nossa família, como primogênito. 

- Eu não quero dinheiro ou sua empresa. – Logan encarava Day. – Eu não quero nem se quer morar numa mansão. 

- Logan... – Segurei sua mão. – Matty não é um homem bom, você viu o que ele fez. 
- Você não o conhece. Mas eu sim. –Day falou. – O que ele fez na casa foi apenas uma jogada, ele está tentando me anular, tirar o que me deixa forte, mas o que também me torna fraca. Ele quer tirar vocês de mim. 

- Vocês? – Logan arqueou uma sobrancelha. 

- A minha família, você querendo ou não é meu filho, sangue do meu sangue e os Limns sempre se protegem. – Ele pensou, pensou, suspirou e concordou.

– Existe algo mais que eu precise saber?  - Sobre Matty ou sobre o passado? Sobre tudo o que quiser nos contar, queremos fazer parte da sua vida. 

- E queremos que comece a fazer parte da nossa vida. – Falei olhando em seus olhos. No fundo Logan era um rapaz que queria respostas e alguém com quem se identificasse, os Limns eram todos iguais, cabelos escuros, olhos claros e ele era assim, era um pequeno leão que foi tirado de seu bando. Logan nos contou tudo, até sobre o fato de ser virgem. Day disse que iria leva-lo num bar de stripper, isso me fez lhe dar um tapa na cabeça e uma proibição para os dois sobre ir nesses lugares. Logan contou que fez luta na escola, foi um dos pedidos do avô, algo que Day gostou muito e pediu para ele treinar com ela, o que não achei uma boa ideia. As coisas entre Logan já haviam melhorado, pode-se assim dizer, ele realmente parecia ter se decidido a ficar do nosso lado, mas deixou claro que não participaria dessa guerra entre Day e Matty. Minha esposa contou tudo a ele, exatamente tudo sobre nossa família, as rixas e os inimigos. O rapaz disse que era contra a violência e eu ri da cara que Day fez, acho que ela esperava que Logan fosse o exterminador do futuro. Depois ele deixou o escritório deixando apenas minha esposa e eu. 

- Amo você. – Dei um selinho nela e sentei em seu colo. 

- Eu te amo. – Ela me beijou. – Eu acho que nunca vou conseguir viver em paz e dar paz a vocês. 

- Quando me casei com você eu sabia exatamente onde estava me metendo, mas essa frase não significa só isso, me diga o que pensa? 

- Carlos Vives.

- É nisso que pensa? – Franzi o cenho. 

- Não, na verdade precisamos expandir nossos negócios. Vamos conversar com Carlos Vives.

- Vamos? 

- Sim, você está no comando da empresa, em minha ausência e como tecnicamente estou ausente, você precisa assinar as coisas. 

- Mas o que vai querer com Carlos Vives? Ele é um metalúrgico. 

- Ele é mais que isso Bia, ele tem grande influência na Colômbia e com os colombianos, ele ajuda a população, as gangues o respeitam. 

- Mas por que quer isso? 

- Precisamos ficar informados sobre Matty, vou espalhar fotos dele, o pessoal nos mantem informados.

- E o que vai oferecer para ele? –Day soltou uma gargalhada e eu não entendi nada. 

- Um casamento. 
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- Um casamento? 

- Isso, vou dar a ele o genro que ele sempre quis, ou melhor, a nora que ele sempre. 

-Day, não se meta entre Cat e Lucy. 

- Elas se gostam, Carlos e eu só vamos dar uma forcinha, uma mão lava a outra. 

- E o Irlandês? 

- Só vamos nos preocupar com ele quando Lucy largar ele, ai eu dou uma forcinha a Cat. 

- Qual seu plano? 

- Meu plano é simples, um pouco cruel, mas simples... Temos que fazer cat perder a paciência com ele. 

-Dayane, você sabe que ela só vai perder a paciência com ele se ele bater nela. 

- Infelizmente é um sacrifício necessário, e por mais que Cat me bata quando souber a verdade, no fim ela vai entender que foi para o bem dela. 

- As vezes eu acho que você é filha do seu avô, aposto que era exatamente isso que ele falava quando ficava maquinando planos para nos juntar. 

- E veja o resultado... eu odiava os planos do meu avô, mas acredito que isso vai dar certo. 

- Eu espero realmente que dê certo. – Soltei um longo suspiro. 

- Vai dar e ainda de quebra vamos fazer Cat feliz. Acredite em mim. – Era isso que eu fazia todos os dias desde que comecei a me relacionar com ela, eu acreditava nela e realmente queria acreditar que esse plano iria dar certo, porque se não, ela iria magoar Cat profundamente.

⭐️???

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