23- Embaixo do chuveiro

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-Dayane não! - Gritei, mas ela já estava longe demais para me ouvir.

DAY POV

Depois de ver rapidamente que Carol estava bem, fui atrás do ladrão. Ele era rápido, mas eu também era. Quando ele viu que eu estava atrás dele, vi o desespero no seu semblante. Ele começou a jogar as coisas em cima de mim. Latas de lixo, pessoas, cadeiras e até mesmo uma bicicleta. Azar o seu que eu sou uma assassina bem treinada. Ele virou em um beco e o segui. O ladrão se encostou na parede, eu ia até ele pegar a bolsa de volta, mas um chute veio na minha direção, por reflexo coloquei os braços na frente do rosto para me defender. Dei dois passos para trás e logo quatro homens, dois deles segurando canos, um uma corrente e o que me chutou estava de mãos vazias.

- É melhor você vazar. - O ladrão, que pegou a bolsa da Carol falou.

- Me devolve a bolsa e eu vou embora sem brigas. - Eles riram.

- Acha mesmo que você vai conseguir brigar com quatro de nós. - O que estava com a corrente na mão falou.

- Ta achando que isso é GTA minha tia? - Um dos que estava com cano falou rindo.

- Só quero a bolsa e eu vou embora. - Falei calma.

- Vaza antes que a gente te dê uma surra. - O que me chutou falou.

- É parece que não vamos conseguir resolver as coisas amigavelmente. - Levantei a guarda. - Quem quer apanhar primeiro? - Todos riram, duvidando de mim.

Não esperei para partir para cima deles, acertei o que estava mais próximo de mim, que era o que estava com a corrente. O chute acertou seu estômago, o fazendo cair sem dificuldades. Os dois que seguravam canos, partiram para cima de mim quase que ao mesmo tempo. Me desviei do primeiro e do segundo. Dei uma banda no segundo, que caiu de costas no chão. O outro veio me acertar com o cano, mas dei um chute na sua mão e dei outro na sua cabeça, fazendo ele cair no chão. O outro ia se levantar, mas acertei seu peito e ele urrou de dor. O que segurava a corrente, ia me acertar, mas eu afastei meu rosto. Ele começou a fixar a corrente e eu tive que ir me afastando, até que senti o cano tocar meu pé. Levantei com o pé e chutei na direção dele, acertando em cheio seus países baixos.

- Era mais fácil ter me devolvido a bolsa. - Falei e o outro partiu para cima de mim dando socos, eu levantei a guarda, me defendendo. Ele começou a dar golpes com as pernas, mas eu levantava as minhas para não cair, dando passos largos para trás. Ele era um bom lutador, eu devia admitir isso. Ele ia me encurralar então corri até a parede e dei impulso, chutei suas costas e ele acertou a parede, sem perder tempo acertei sua cabeça fortemente na parede, fazendo um barulho forte. Quando me virei, o que roubou a bolsa de Carol ia correr - Camila apareceu na entrada do beco. Ela estava ofegante. Ele ia passar por mim correndo, mas eu coloquei o pé na frente e ele caiu com tudo no chão. Andei rapidamente até ele e Peguei a bolsa de Carol.

- Vamos! - Passei o braço ao redor do corpo de Caroline. Ela parecia assustada. Não falou nada até chegarmos no seu apartamento. Assim que fechei a porta, ela começou a distribuir diversos tapas pelos meus braços e eu tentava me defender. As mãos dela eram pequenas, mas os tapas doíam.

-Bia... para com isso... Carol... - Depois de tantos tapas, ela parou e simplesmente me abraçou.

- Nunca mais faça isso. - Sua cabeça estava apoiada no meu peito.

- Carol eu não deixaria aquele vagabundo sair em pune.

- Day era só dinheiro. - Ela levantou o olhar e olhou nos meus olhos. - Eu posso trabalhar e conseguir mais, posso tirar outros documentos e comprar outro celular, mas e você? O que eu faria se eu perdesse você? Onde eu iria encontrar outra Dayane?- Sua voz tinha um misto de dor e medo.

Dupla Face :(:Onde histórias criam vida. Descubra agora