43- Ele voltou

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- O mesmo homem quem me deu aquela surra a sete anos atrás. – Eu fiquei surpresa, ela sabia quem havia feito aquilo com ela. – Matthew Bomer, meu ex noivo

DAY POV

As coisas começavam a se complicar, eu não falei a Carol tudo, não por maldade, mas sim por precaução. Matt realmente estava atrás de mim e havia me dado uma surra, mas havia outros fantasmas do passado renascendo. Fahid, que havia conseguido sair da cadeia e o primo de Carol, que eu achava que tinha matado a sete anos atrás. Conseguimos a adoção da Bea e eu nunca vi Carol tão feliz na vida. Eu sabia que a vida que eu levava não era segura para elas. Eu deveria sair dessa vida, eu sabia, mas não era tão fácil. Numa noite qualquer avisei Carol que iria trabalhar, colocaria um fim em tudo isso. Cheguei a mansão, fui direto para o escritório de Robert e ele parecia me esperar.

- Eu quero... sair dessa vida. – Sim eu hesitei, eu queria por Caroline e Bea, mas ainda assim sabia que aquilo que eu fazia era parte de quem eu era.

- Assuma a presidência.

- Mas...

- Depois que largar o que faz não vamos mais traficar ou fazer exportações ilegais, nossos negócios vão ficar mais frágeis.

- E por que eu como Presidente iria fazer com que nossas ações ficassem valorizadas?

- Eu nunca dou ponto sem nó.

- Claro. – Resmunguei. – Eu aceito, mas preciso sair dessa vida.

- Claro, mas você sabe... vocês ainda tem inimigos, inclusive a menina, afinal ela herdou o sobrenome de sua mulher e é a próxima herdeira da fortuna dela.

- Então... - Tome. – Robert jogou uma pasta na mesa. – Você tem todas as informações, decida o que fazer com ela. Carol estava furiosa após saber que eu tinha um ex noivo, gostoso, segundo ela. Eu mostrei uma foto de Matt atualmente e ela só conseguia dizer 'Eu não consigo acreditar'. Eu pedia calma, mas ela andava de um lado para o outro me xingando.

- Eu amo você. – Eu disse e ela parou.

- O quê? –Carol se virou para mim.

- Eu amo você.

- Não tente me acalmar dizendo essas coisas.

- Meu amor, veja bem. Esse homem me persegue, ele não consegue superar o fim, mas eu achei que... ele estava morto. –Carol me olhou.

- Então ele misteriosamente ressuscitou como Jesus?

- Depois da surra eu achei que ele ia me deixar em paz, por isso não o procurei.

- E por que acha que ele voltou agora?

- Porque Matt... bom... ele é um homem muito intenso. – Eu tentava não dizer a Carol a verdade, porque ela ia surtar mais ainda.

- Pare de rodeios e me diga logo a porra da verdade.

- Eu me casaria com ele, porque queríamos uma aliança com a máfia italiana, mas eu sou Lésbica. – Me levantei e fui até ela.

- Quanto tempo ficaram noivos?

- Dois meses, mal nos tocávamos.

- E ele te persegue por quê? Minha cabeça girava e eu me sentei na cama. Eu me sentia enjoada, tensa e sentia o suor escorrer pela minha testa. Aquele era um assunto proibido para mim. Eu fingia ter esquecido aquela época, porque era melhor assim, pensar naquilo era tão doloroso, mas pior ainda era o que eu havia feito. Eu estava com dezesseis anos e meu avô me informou que eu teria que ficar noiva. Eu não gostava de homens, não era segredo, mas Robert não aceitava muito bem. Ele não prolongou o assunto, apenas me deu uma foto e um papel com algumas informações. O homem era dez anos mais velho que eu e só de pensar nisso me enojou. Matt era um bom homem, me tratava bem, mas eu não conseguia sentir atração por ele, mesmo ele sendo muito bonito. Todos falavam de como seriam nossos filhos e isso me deixava muito chateada. Eu queria terminar com ele, fugir para longe ou até mesmo morrer.

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