34- The Truth

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Você sabe se cuidar certo? Então acho bom tomar cuidado, porque eu não vou ser mais sua guarda costas.

Dayane me mandou embora e eu realmente iria, não aguentaria mais tudo isso. Fui ao quarto arrumei minhas coisas rapidamente e coloquei uma blusa que cobria meus braços. Ela havia deixando marcas roxas de dedos e isso realmente havia passado do meu limite. Eu não iria chorar, não nessa casa. Peguei a mala e liguei para um táxi, o mesmo chegou em menos de quinze minutos. 

- Para onde senhorita? - O taxista falou. 

- Boulevard... - Eu iria dar o meu endereço, mas eu resolvi mudar. - Vamos para o Hospital do centro. 

Levamos por volta de 45 minutos para chegar, por conta do trânsito. Eu sabia que encontraria Day e também seria bom, porque colocaríamos tudo em pratos limpos, mesmo que fosse na frente do avô dela. Quando entrei no hospital fiquei esperando o clã Limns vir para cima de mim, mas todos passaram por mim, fizeram um breve aceno de cabeça e seguiram seu caminho. Ao chegar na porta do quarto pensei que os seguranças iriam me impedir de entrar, mas um deles até abriu a porta para mim e lá estava Robert, sentado comendo um pudim de chocolate. Entrei e fiquei em silêncio. 

- Você quer um pudim querida? - Ele me ofereceu um dos três pudins que estavam em cima de uma mesa ao lado de sua cama. 

- Não obrigada. - Me aproximei da cama. - Como você está? - Era algo estranho. Eu odiava o Robert, mas sentia admiração e parte de mim, mesmo querendo matá-lo, queria reconhecimento dele. 

- Bem vinda, oficialmente, a família. - Ele sorriu. 

- Então você sabe? 

- Eu sabia desde o início. 

- E por que não me impediu? 

- Para termos essa conversa. Está preparada para ouvir a verdade? 

- Ou a versão que vocês dizem ser verdade. - Ele soltou um suspiro cansado. 

- Antes de você, seu avô, pai da sua mãe, e eu estávamos fechando um negócio. Unir as duas família com nossos filhos. Felipe, o homem que Day achava ser seu pai, meu filho. - Ele ficou pensativo. - Sua mãe não amava meu filho e era recíproco, Felipe amava Clara, que amava César, que também a amava, mas Clara era apenas a filha do jardineiro, ele não poderia se casar com ela, se quisesse herdar meus negócios. No fim Felipe fez o que César não teve coragem e abriu mão de tudo por Clara, mesmo sabendo que ela estava grávida de César. Ela me implorou para não contar ao César sobre isso e eu não fiz, até a alguns meses atrás. Quando meu filho desistiu do casamento alegando que havia engravidado outra mulher Carlos, seu avô, alegou que se vingaria dele por ser um homem sem palavras, o que ele não percebeu foi que sua filha Rose também já tinha um outro amor e fugiu para o México para se casar com ele. Seu avô cumpriu o que disse e alguns anos depois ele matou meu filho ateando fogo nele e não matou Day porque Felipe a escondeu numa caçamba de lixo. - O homem suspirou pensativo. - Day tinha três anos e ficou quietinha como o pai mandou, depois disso, eu jurei vingança e sabia da sua existência, então eu tiraria dele o que ele me tirou, algo muito precioso. Matar sua mãe e seu pai não foi ideia minha. -Reagentes químicos? - Ele sorriu sem humor. - Eu sou um Jauregui Caroline, gostamos de coisas bem feitas por isso nós mesmos fazemos. Se eu quisesse sua mãe e seu pai mortos eles teriam buracos de bala pelo corpo. Meu alvo era você, mas claro que eu estava esperando o momento certo e o momento certo foi quando seus pais morreram. A empregada, Mercedes, me vendeu você por cinco mil dólares e eu te tinha nos meus braços, mas você era só uma criança inocente, não devia pagar pelos pecados dos outros, então meu alvo mudou, seu avô, seus tios e primos próximos, eles foram meus alvos. Um a um eu os matei, pode me odiar por isso. Eu lhe entreguei a Mercedes e garanti sua sobrevivência, você nunca me viu, mas eu sempre estive lá. Eu matei Mercedes... - Coloquei as mãos na boca chocada. Eu sempre achei que ela havia morrido de ataque cardíaco quando fiz dezoito anos. - Quando ela descobriu sobre sua fortuna e que não teria um centavo dela, ela te entregaria para Henrico, por cem mil dólares. 

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