Dupla Face :(:

36- Stay with me

Ele estava nocauteado. E eu... bom... eu teria que aguardar as consequências dessa minha loucura repentina. A Carol, você me faz perder todo meu juízo.

CAROL POV

  Depois que a porta foi arrombada e catarina, literalmente, invadiu o apartamento de Elana, eu comecei a me preocupar. Por um breve momento eu achei que poderia ser Henrico, mas torcia para ser Dayane. Eu queria que ela entrasse por aquela porta e começasse a gritar comigo, dizer que eu a preocupei com meu sumiço, que eu estava ficando louca e que tudo o que ela havia dito era da boca para fora, que ela não deixaria, que ela continuaria cuidando de mim, mas não foi ela. Obviamente ela estava trabalhando ou fazendo algo mais importante, porque Catarina foi para outro cômodo para ligar para ela. 

-Bia não fica assim. –Thay percebeu que eu estava triste. De todas nós ela era a mais maternal, tudo bem que Elana também era, às vezes, mas era, mas Thay era mais compreensiva. 

- Foi bom não ter sido a branquela, porque além de ter te machucado, ela ia arrombar minha porta e eu teria que bater nela em dobro. –Elana falou divertida, mas logo ela ficou séria. – Eu não estou do lado dela, até porque ela se mostrou, em partes, ser igual ao irmão, mas eu vejo nos seus olhos que você a ama. Ela virá
Bia. –Elana me puxou para um abraço apertado, que praticamente estava me sufocando em seus seios. 

- Bom eu falei com... Uau! –Cat parou e nos encarou. – Posso ganhar um abraço desses também? – Sorriu maliciosa para Elana. 

- Não pode. Você já teve o suficiente dos meus seios. –Elana me largou. 

- Como assim? – As encarei. 

- No seu casamento, Bia. –Thay falou como se fosse obvia. 

- Vocês se pegaram no meu casamento? Que falta de respeito. – Fingi indignação. 

- Voltando ao assunto, eu liguei para Day e ela já deve estar vindo para cá, se ouvirmos o som de sirenes deve ser ela. 

- Ela foi presa? –Thay perguntou assustada. 

- Ainda não, mas como ela deve furar todos os sinais vermelhos, ela deve ser presa. –Cat deu de ombros e se sentou numa das poltronas que havia na sala. 

- E a minha porta? –Elana cruzou os braços. 

- Isso você vai ter que resolver com Dayane. –Cat pegou uma revista medica que estava em cima da mesa e começou a folhear. 

- Ela está bem? – Era obvio que eu estava falando de Day. 

- Depende... Em que sentido da palavra. –Cat nem se quer desviou o olhar da revista. 

- Em todos,Catarina. – Revirei os olhos. 

- Não, ela não está, mas admito que ela mereceu esse castigo. 

- Ela... ela... tentou algo?-

- Day é uma suicida em potencial, mesmo que não aponte uma arma para sua cabeça, ela vai tentar se matar se colocando em perigo, muitas das vezes sem necessidade. – Soltei um suspiro. 

- Pensei que fosse tomar conta dela. –Cat tirou os olhos da revista e eu percebi que tinha culpa em seu olhar. Pensei que ela fosse falar algo, mas ela apenas se levantou do sofá e caminhou até a saída, sem nem ao menos se despedir.

– Eu disse algo demais?  - Acho que ela se sentiu culpada. –Thay falou. 

-Catarina me ligou a três dias e eu atendi sua ligação, disse a ela onde você estava e que estava triste por tudo que Day disse. Expliquei a situação e pedi para ela não contar nada para Day. Talvez seja isso que está a fazendo se sentir culpada.