Capítulo 37

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olha só que milagre. voltei antes que sentissem falta kk

boa leitura anjos!


Nem sei ao certo quantos minutos fiquei em pé naquela porta agarrada a Krystian. O perfume e o aperto caloroso dele era o conforto que eu precisava no momento. Pela nossa diferença de altura, eu conseguia ouvir seus batimentos cardíacos cada vez mais calmos, induzindo as batidas do meu coração a seguir o mesmo caminho.

- Maninha... - ele disse em um suspiro, separando levemente aquele abraço para caminhar comigo para dentro do apartamento, fechando a porta em seguida. Ele me guiou até o sofá, e se sentou ali comigo, continuando com seu braço pelas minhas costas, e seus dedos fazendo um carinho no meu braço - Eu não dormi depois que te vi sendo arrastada por aquele policial.

- Quando chegou aqui? - perguntei, com a voz rouca pelo choro recente.

- Nesta madrugada - ele me respondeu - Consegui contato com o Kyle, ele me contou da sessão no tribunal que teve hoje cedo. Eu tentei entrar, mas disseram que eu não podia comparecer - ele suspirou mais uma vez, e aumentou o aperto de seu braço no meu corpo - Eu não consigo nem descrever o que estou sentindo, vendo você passar por isso tudo.

Deixei de ficar deitada no peito do moreno e endireitei minha postura ao seu lado no sofá, limpando com o dorso das mãos as bochechas molhadas, e colocando atrás da orelha alguns fios de cabelo que estavam caindo sobre os meus olhos.

- A preocupação não deveria ser comigo - comentei, me lembrando mais uma vez dos olhos de Sina no tribunal, segurando as lágrimas enquanto passava ao meu lado - A Sina não merecia isso. Não merecia ser tratada como o lixo de ser humano que disseram que ela é naquele tribunal.

- Eu conheço nosso pai, mas não esperava que ele seria tão baixo com todas aquelas mentiras - ele disse com sinceridade, e com um enorme desprezo na voz.

- Mas é isso que ele sempre fez! - disse ríspida, deixando que meu rancor pelo homem tomasse conta das minhas palavras - Ele perde o controle de uma situação, ou se importa demais com o que os outros estão achando dele, e toma qualquer medida possível para reverter isso.

O rapaz se manteve em silêncio diante daquela informação, não tinha o que argumentar sobre aquilo. A gerações, os Jeong's mantinham um padrão de "família perfeita", digamos assim. E não seria agora que esse ciclo iria se partir.

- Sinceramente... - comecei - Eu estou me sentindo um peso morto aqui. Não sabendo nem como ajudar a pessoa que eu amo a sair de uma situação que de certo modo, eu a coloquei.

- Você não colocou a Sina em situação nenhuma! - Krystian foi rápido em me repreender - Não ouse se culpar pelas atitudes doentes do nosso pai. Nunca! - ele tomou ar, e esperei que ele continuasse - Como não consegui entrar no tribunal, fiquei esperando do lado de fora para ver se encontrava vocês, mas só vi o Josh correndo na direção de um carro. Conversei com ele por alguns minutos, e ele me garantiu que estava tomando conta de tudo, e que minha única função seria cuidar de você.

Só agora que percebi que até então, não havia questionado como o moreno chegou no apartamento, mas ele sanou minha dúvida. Eu precisava conversar com Josh depois, queria entender o porque ele estava fazendo tanto.

- E o Bailey, Shivani...? - perguntei.

- Eles ficaram em Vegas, não podiam fechar o restaurante por causa das contas dos remédios da mãe deles - ele respondeu com mágoa na voz.

Me recordei da única vez que fui até o pequeno sobrado onde Shivani morava com a mãe. A mulher estava acamada, mas nem isso era capaz de tirar seu sorriso tão doce do rosto. Mas seu estado de saúde frágil era visível, Shivani mesmo havia conversado comigo sobre o estado de sua mãe ir piorando com o tempo.

Liberty - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora