Capítulo 17

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eita, nem lembrava mais como mexia aqui kkkk

boa leitura anjos!



E pensar que agora eu poderia estar dentro de um ônibus no tédio extremo. Viajar com Sina era uma mistura de calmaria, e uma agitação extrema com seu jeito animado e divertido.

Nós fizemos nosso show improvisado dentro do carro, enquanto eu cantava algumas músicas que tocava no rádio, ela imitava os gritos eufóricos de fãs. Essa era a parte mais engraçada, mas com certeza a minha preferida era quando ela cantava junto comigo. Ou até mesmo quando ela cantava sozinha, algumas músicas que eu não conhecia. E só de ouvir sua voz, meus ombros relaxaram.

Ela faz o clima de qualquer lugar ficar mais leve sem o mínimo de esforço, era algo muito admirável em sua personalidade. E era tudo que eu precisava agora, já que estava evitando ao máximo olhar para trás onde eu provavelmente deixei pessoas encrencadas com essa minha fuga.

- Yoon - Sina me chamou. Nós já estávamos a alguns minutos em silêncio, descansando as cordas vocais depois de nosso show - Abre o porta luvas, e pega a câmera que eu deixei aí dentro.

Fiz o que a loira pediu. A câmera aparentava ser bem antiga, e por alguns arranhões nas laterais, provavelmente já foi muito usada.

Eu nunca vi esse modelo antes, nem tem uma tela para ver como a foto ficou. Deve ser uma câmera de filme, onde você tem que pedir pra uma pessoa que mexa com isso revelar a foto em alguma máquina específica.

Saí dos meus pensamentos quando senti a velocidade do carro diminuir, e Sina foi manobrando ele para parar no canto da estrada deserta. Fiquei sem entender o que pode ter acontecido, até onde me lembro ela tinha pegado esse carro na oficina ontem de manhã. Se bem que problemas mecânicos podem acontecer sempre.

A loira soltou a fivela do cinto, e abriu a porta do carro. Fiquei ainda mais confusa com a atitude dela. O pior é que Sina gostava de fazer as coisas e se explicar depois, então seu silêncio era só mais um motivo pra minha preocupação.

Ela deu a volta no carro e apareceu na janela do meu lado, se abaixando um pouco para ficar na mesma altura.

- Desce aí - ela pediu, pegando a câmera das minhas mãos.

Mesmo sem entender, abri a porta do carro e desci. Vendo a loira andar mais para a lateral da estrada, onde havia uma mata rasteira, mas com altura suficiente para chegar nos meus tornozelos. A primeira coisa que pensei vendo a mulher andando para aquele monte de mato, era que poderia ter algum bicho ali. Talvez um escorpião, ou uma cobra peçonhenta.

- Sina eu não vou andar aí - falei ainda encostada na porta do carro. Ela parou de andar e se virou para trás, mais uma vez seus olhos que decifram tudo estavam me avaliando.

Ela voltou até onde eu estava, e estendeu sua outra mão livre para mim.

- Vem, me dá sua mão - ela pediu com aquele sorriso confiante - Eu vou andando na sua frente, pra garantir que não vai ter nenhum bicho.

- Por que você quer ir pro meio do mato? - perguntei. Na verdade nem sei porque perguntei isso, meu cérebro já tinha cedido a ideia de segui-lá só por ela me oferecer a mão.

- Eu quero te mostrar uma coisa muito linda que você não vai conseguir ver se continuar encostada no carro - ela disse como se fosse óbvio. Num movimento rápido, ela agarrou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Já fazia tanto tempo, mas eu senti novamente o choque térmico da primeira vez que ela me cumprimentou. E bom, parece que não foi apenas eu que senti algo com esse toque. Já que Sina suspirou quando começou a olhar nossas mãos juntas, e apertou com mais firmeza.

Liberty - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora