Capítulo - 2

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Virgínia

O caminho para escola foi bem rápido, antes de entrar respirei fundo mais uma vez buscando forças pra entrar.

Damom - Já sabe, se houver algum problema é só ligar pra gente - pisca pra mim e eu respondo com um " OK "

Se eles soubessem que eu não tenho um problema, mas sim vários nessa escola. Não posso decepcionar os meus irmãos, o que eu diria? " sofro bullying por vocês venderem drogas "? Não, eu não posso dar mais trabalho ainda pra eles, além disso só falta mais um ano.

No caminho para a sala de aula eu posso ouvir algumas pessoas cochichando " o irmão dela até que é gatinho" " acha que ela vende também? "

Lisa Petterson - Bom dia Ginny, consegue me ouvir ou você já está tão chapada que perdeu a audição? - como eu odeio essa garota

Continuo andando sem dar importância pra o que ela diz. Entro na sala de aula e me sento no mesmo lugar desde os últimos dois anos, a penúltima cadeira próxima a janela.

O professor dá início a aula de literatura.

Quebra de tempo

Por sorte hoje eu saí mais cedo da escola, não há coisa melhor quando isso acontece.

Caminho até o lado de fora tentando falar com um dos meus irmãos que pelo o meu azar não estão atendendo.

Depois de muitas ligações o Luci finalmente me atende. Eu diria que ele chegou em menos de quinze minutos.

Lúcian - Você não andou aprontando andou? - me olha desconfiado

-- Eu já disse, só nos deixaram sair mais cedo.

Lúcian - Ginny.

-- Argh! Olha em volta, não tem mais nenhum carro por aqui. - entro no carro e ele dá partida

Lúcian - Me desculpa pequena, eu sei que as vezes eu sou duro com você - permaneço calada -  Sabe que queremos o seu bem, é a única de nós que tem grandes chances de sair dessa merda toda.

-- Eu sei.

Chegamos em casa e o Lúcian entra antes de mim.

Lúcian - Põe a porra de uma camisa Ares. - espera, o Ares, sem camisa?

Entro e de relance posso ver o tanquinho mais lindo que eu já vi na vida. Três segundos, apenas três, eu fui presenteada com essa obra prima dos deuses.

Ares - Achei que a sua irmãzinha só fosse chegar mais tarde, foi mal.

Lúcian - Hoje foi diferente. - as batidas na porta usadas como senhas ecoam pela casa - Ginny, pra cozinha.

Ando rapidamente até a cozinha e posso ouvir que é um cliente, alguns minutos depois a porta é fechada, eu atravesso a sala e subo para o meu quarto.

Tomo um banho para me aconchegar, ponho os meus fones e começo a ver um filme. Desço para preparar o jantar e não encontro o Dam ou o Luci.

Amor, Drogas e GuerrasOnde histórias criam vida. Descubra agora