Capítulo - 35

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Ares

Mas quem aquele idiota pensa que é? Ele chega na casa da minha família como se fosse dono dela.

Bem, pelo menos eu pude avaliá-lo e tirar algumas conclusões. Com certeza ele e a Ginny não estão juntos, como eu concluí isso?

Um: ele não faz o tipo da Ginny;
Dois: ele é um idiota, mas, gosta dela. O que pode derrubar as minhas chances, pelo visto ele gosta da Alice e ela gosta dele também.

Damom - Pensativo Ares? - aparece na cozinha

-- Aquele tal de Jack. Eu não gostei dele.

Damom - Com ciúmes? Isso é bem engraçado.

-- Eu teria ciúme se ele fosse mais... qual a palavra contrária de idiota? Ah, eu. - ele ri

Damom - Não se preocupe, a minha irmã não sente nenhum tipo de atração por aquele, engomadinho.

-- Não estava falando da Ginny.

Damom - Achei que fosse apenas eu que tinha reparado um tipo de ligação paterna entre ele e a Licie. - mas que porra

-- Isso não é importante, eu sou o pai dela, o meu sangue faz parte dela. Ele pode cair fora. - ele ri

Damom - Esse é o velho Ares que eu conheci. - bate nas minhas costas.

Quebra de tempo

Os sábados pra mim mudaram muito, a essas horas eu lembrava da minha vida aqui, da minha vida com a Ginny, o nosso pequeno segredo, as nossas fugas.

Agora eu pareço um nerd qualquer no vídeo game as uma da manhã.

Alice - Ares - cutuca o meu braço com esses dedinhos pequenos

-- O que faz acordada a essa hora?

Alice - Perdi o sono. - abre o sorriso - Posso ver você jogar?

-- A sua mãe não vai brigar se souber que está aqui?

Alice - Você vai contar? - ela mexe o dedinhos ansiosa para a minha resposta.

-- Não. - ela sorri pra mim, linda como a mãe.

Alice - O que acontece se você pular daí de cima? -  pergunta concentrada na tv

-- Eu vou ter que jogar tudo de novo.

Alice - Ares o que é isso? - merda o zumbi - Ele me assusta - fecha os olhos e me abraça - Eu to com medo.

Desligo a tv.

-- Me desculpa, pode abrir os olhos agora.

Alice - Não, ele ainda está ali - sinto a minha camisa molhar, ela está chorando.

Puta merda, como eu sou idiota.

-- Não está não - acaricio sua cabeça - Por acaso gosta de biscoitos?

Ela afirma com a cabeça ainda escondida em mim. A pego em meus braços e vamos até a cozinha.

A deixo no balcão enquanto pego leite e o pote de biscoitos.

Alice - E se aquele monstro aparecer de novo?

-- Ele não vai, eu disse pra ele que você é uma garotinha muito especial, e se tentasse chegar perto de você eu bateria nele.

Alice - Sério? - seus olhos brilham

-- Enquanto eu viver nada e ninguém vai te fazer mal, eu prometo. - toco o seu nariz.

Enquanto comiamos eu respondi todas as suas perguntas. Lúcian tinha razão, ela é uma garotinha esperta.

Alice - Você ta com um bigode de leite - começa a rir - Ta muito engraçado.

Ginny - Não devia estár na cama senhorita Alice? - ela se assusta

-- Ela perdeu o sono.

Ginny - Ah jura? - cruza os braços realçando os seios por baixo da camisola de seda.

Controle-se Ares, são só...

Ginny - Não podia simplesmente ter mandado ela voltar pra cama?

-- De que adiantaria se ela não está com sono?

Alice - Pode me descer por favor? - estica os braços pra mim e eu a ponho no chão - Obrigada Ares.

Vai até a Ginny

Alice - Me desculpa mãe, o meu sono se foi e o Ares estava sozinho, é ruim ficar sozinho, ficar sozinho deixa as pessoas tristes e eu não quero ver o Ares triste.

Ginny - Está perdoada, mas da próxima vez não coma tantos biscoitos. - beija o seu rosto - Agora já pra cama.

Alice - Boa noite Ares.

-- Boa noite Licie. - ela sai correndo

Ginny - Você não tem casa não? - vai até a geladeira

-- Caso você não se lembre, explodiram a minha casa. - tomo um gole do leite me recordando daquele dia.

Ginny - Tanto faz - antes da sair eu pego o seu braço fazendo com que o seu colar salte.

O colar. Eu me lembro dele.

-- Você ainda tem o colar - ela fica nervosa.

Ginny - É só isso que tem a dizer? - puxa o braço

-- Eu, tenho tanta coisa pra dizer.

Ginny - Você sente muito - alcanço os seus olhos - É uma pena que eu não quero mais ouvir o seu discurso sobre isso.

-- Me dá cinco minutos, é tudo que eu peço pra você.

Ginny - Eu te dei quatro anos - ela sai me deixando sozinho

Mas que merda.



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