Capítulo - 32

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Ares

Tão linda, ela estava fodidamente linda, como da última vez que eu a vi, cheia de arranhões e numa cama de hospital.

-- Virgínia. - quantas noites eu chamei por ela, e ela não estava lá, mas agora, agora tudo vai ser diferente.

Ginny vem em minha direção e antes que eu possa dizer mais alguma coisa ela me desfere um soco bem, forte.

Lúcian - Pega leve Ginny.

Ginny - Pode me explicar o que merda está acontecendo?

-- Quando foi que o seu soco ficou tão bom? Ao menos vocês dois poderiam ter me avisado.

Ginny - Se você estivesse aqui talvez saberia - ela cospe as palavras.

A parte mais dolorida é que ela tem razão.

Damom - Você mereceu.

Ginny - Estavam escondendo isso de mim?

Lúcian - O que?

Ginny - Vocês sabiam onde ele estava, nem sequer me disseram que ele viria! Conversamos sobre mentiras mas na verdade vocês são os traidores!

Puta merda

Damom - Olha só nós só soubemos dele a uma semana - isso só está piorando

Ginny - Fodase! Isso não muda nada!

Xxx - Mamãe - espera

Ginny - Oi amor, o que faz acordada a essa hora? - minha atenção vai para a garotinha que está está esfregando os olhos na ponta da escada.

Xxx - Você e o tio Dam estão brigando? Quem é o homem estranho? - ela falou comigo?

Ginny - Não é nada demais.

Xxx - Por que está chorando mamãe? Um garoto fez você chorar? - fala com inocência e abraça a Ginny

Ginny - Você é tão perfeita.

Xxx - Não chora mãe, o tio Luci vai dar uma surra no garoto que te fez chorar, eu prometo.

Ginny - Vem amor, vamos pra cama já está tarde. - põe a garotinha nos braços e sobe

Cacete.

Mamãe, mamãe, mamãe.

Ela chamou a Ginny de, mãe. Então... Então

-- Ela... a garotinha, ela

Lúcian - Ela é a sua filha Ares. - meu corpo esta em choque.

Damom - Vou pegar um calmante pra ele.

Lúcian - Senta ai. - me sento no sofá ainda processando - Aquele serzinho cor de rosa, é a nossa Alice.

Alice

-- Por que não me contou Lúcian? - ele suspira - Por que não me contou que eu tenho uma filha, caralho. - passo as mãos pela cabeça

Lúcian - Eu não tinha certeza se você deveria saber.

-- Se eu deveria saber? É sério?

Lúcian - Não complica as coisas Ares, você deixou a minha irmã.

-- Eu não sabia que ela estava grávida seu idiota, além disso você sabe o real motivo daquilo.

Lúcian - É mas a Ginny não. Porra, tem ideia de como foi difícil pra ela?

Ele tem toda razão.

-- Eu perdi quatro anos da vida dela. Porra Lúcian, quatro anos, eu nem a conheço.

Lúcian - Então deveria aproveitar enquanto pode - fica de pé - Ela é uma garotinha esperta, muito esperta.

Subo as escadas decidido a bater na porta da Ginny, mas paro no corredor quando eu vejo o retrato das duas.

A garotinha está bem pequena, está sorrindo nos braços da Ginny. Estão lindas.

Percebo que a porta do quarto da Alice está aberta.

Talvez a Ginny não tenha fechado.

Chego na porta e ela não está lá.

Provavelmente Ginny deve tê-la colocado em seu quarto.

Ascendo a luz e observo o quarto cor de rosa. Brinquedos espalhados no chão, algumas bonecas que na minha opinião são assustadoras.

Tem cheiro de morango.

Deixo escapar um sorriso seguido de uma lágrima.

Eu, Ares Hidalgo. Sou pai de uma garotinha linda.

Amor, Drogas e GuerrasOnde histórias criam vida. Descubra agora