Segredos Podem Nos Destruir

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Kael Mikaelson

Querido diário.

Já faz um certo tempo que não escrevo nada aqui. Eu venho passando por diversos problemas ultimamente, não consigo arranjar tempo para escrever nada, mas hoje eu tirei alguns minutos da manhã pra fazer isso. Hoje estou me sentindo menos sobrecarregado, eu sei que ainda é de manhã e que o peso sempre vem no fim do dia, mas estou sentindo que algo bom pode acontecer hoje, porém preciso tomar cuidado. Apesar daquele jogo horrível que a Tália armou, eu continuo de pé, tenho certeza de que ela fez aquilo para me derrubar, me ver pra baixo. E o pior é que, depois daquilo, voltei até sua casa para questioná-la o por quê daquela brincadeira sem graça, e ela me disse que eu não entenderia seus motivos, mas que em breve eu ia saber.

Acontece que aquele jogo tinha um significado bem pesado. A morte de parte da minha família é algo que pode me mudar por dentro e por fora, mas eu preciso estar preparado para isso algum dia, e com toda certeza vou tentar evitar que aconteça, mas caso não tenha como evitar, deixarei que o curso siga e vou tentar ser melhor do que jamais fui. Só de imaginar perder pessoas importantes para mim já me causa uma certa dor que eu não consigo imaginar o quanto pode ser ruim pra mim.

Meu aniversário está chegando, e eu quero fazer uma surpresa para o Dan, quero oficializar nosso envolvimento como namoro. mas ainda não pensei no que vou dizer pra ele, simplesmente não consigo pensar no que dizer para o meu namorado e isso está me incomodando. Mas como o meu pai falou: "Quando o sentimento é verdadeiro, um gesto vale mais que mil palavras". Mas eu quero fazer tudo perfeito pra não dar errado, Dan merece o melhor e eu pretendo dar o melhor de mim com essa surpresa.

[...]

Me levantei tão anestesiado pelo sono, que nem me preocupei em vestir uma roupa. Desci de cueca mesmo. Fui até a cozinha e peguei um copo pra beber água. Encostei no balcão e bebi um gole, Klaus apareceu e me olhou estranho.

- Garoto, você não tem roupa, não ? - ele perguntou.

- Esqueci de vestir. - respondi, bebendo todo o líquido restante no copo.

- Você não pode ficar desfilando pela casa completamente pelado. - ele reclamou, parando de frente e me olhando como se fosse algo bizarro ou medonho.

- Eu não tô pelado.

- Seminu ou sei lá. - ele se corrigiu.

- Qual é o problema ? Eu estou em casa, e além do mais você já me viu sem roupa quando entrou no meu quarto sem bater. - reclamei.

- Pois é, a visão do inferno vai ficar na minha cabeça até quando eu morrer. - ele comentou. - E por outro lado, você puxou mesmo o seu pai, em todos os aspectos.

- Você adora se gabar, não é, Klaus Mikaelson ? - Hayley parou na entrada da cozinha e riu.

- Não posso fazer nada se os homens da família Miakelson tem esse charme e essa beleza irresistível.

Nós dois sorrimos. Não era muito comum ouvir meu pai fazer esse tipo de piada mas até que ele conseguia ser bastante engraçado. 

- Ainda bem que eu cheguei agora, pelo menos peguei você em casa. Temos muito o que planejar para a sua festa. - Lizzie adentrou a cozinha com um caderno de anotações em mãos.

Ela parou no meio do caminho quando me viu apenas de cueca, apoiado no balcão e quase babou de tanto me olhar.

- Acho melhor você colocar uma roupa decente, senão eu vou acabar não tendo piedade do Dan e finalmente você vai passar de gay para bissexual, igual a sua irmã. - ela falou, mas não tirou os olhos do meu abdómen.

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