O Bom Filho a Casa Torna

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Kael Mikaelson

- Como hoje é sua última consulta, eu preciso saber como você mentalmente e emocionalmente. - disse a senhorita Gross, quando me acomodei no divã.

Diga que está bem. Minha mente ordenou.

- Por enquanto, eu me sinto ótimo. Aqui eu me sinto em paz comigo e com minha consciência, não sinto mais vontade de chorar, nem de quebrar tudo até a raiva passar... - ela precisava ouvir isso, ou me receitaria calmante pra me manter tranquilo. - ... A única coisa que me preocupa, é o fato dos meus pais estarem brigando o tempo todo. Por isso eu decidi voltar logo pra casa, preciso fazer alguma coisa pra encerrar essas brigas.

Isso! Continua mentindo que ela está acreditando.

- Seus pais provavelmente estão passando por um processo de separação muito conturbado, se envolver nos problemas dele pode ser prejudicial para a sua saúde mental.

- Mas se eu não me envolver vai ficar cada vez mais pior, eu sinto que devo interferir até mesmo pra tentar fazê-los entrar num acordo de convivência. - falei. - Eu tenho certeza que consigo fazer com que eles convivam em paz.

- Bem, se é o que quer, tente, mas se perceber que não está dando certo, se afaste imediatamente.

- Vou fazer isso. - concordei. Ela olhou o relógio e parou de anotar.

- Bem, ainda temos treze minutos, quer falar mais alguma coisa ?

- Não, acho que já falei tudo o que tinha pra falar.

- Então tenha uma boa sorte na volta pra casa.

- Obrigado.

Deixei o consultório aliviado por finalmente estar a um passo de retornar pra casa. Eu estava ansioso pra voltar, mas ainda tinha alguns dias antes das aulas começarem então eu poderia aproveitar um pouco antes do primeiro dia.

Voltei andando pro apartamento do tio Kol. Passei pelo saguão e pelo hall do prédio e entrei no elevador assim que as portas se abriram. Apertei o botão do andar que eu queria e esperei as portas fecharem.

- Segura, por favor. - ouvi a voz de uma pessoa nervosa e apressado então parei as portas.

O garoto entrou no elevador com duas caixas nos braços e as colocou no chão.

- Obrigado, eu ia passar metade do dia pra subir as escadas se não tivesse parado as portas. - ele falou. Em seguida deu um sorriso e mexeu nos cabelos castanho-escuro que chegavam na altura das bochechas. - Eu sou Dexter, mas pode me chamar de Dex ou só de D. Meus amigos me chamam assim.

- Muito prazer, Dex, sou Kael. - falei ao apertar sua mão. Ele tinha um porte atlético, bem musculoso e alto. Pele morena e olhos negros.

- Eu lembro de já ter te visto aqui antes. Isso foi uns meses atrás, só que você tava acompanhado pelo cara que mora no apartamento antes cobertura. - ele disse.

- Pois é, ele é meu tio. Eu vim passar as férias na casa dele mas não moro aqui, eu moro em Mystic Falls. - falei.

- Que coincidência, eu também moro lá. - ele abriu um sorriso enorme quando falou. - Eu tô na casa do meu pai, eu sempre venho aqui passar um tempo com ele, mas moro com a minha mãe lá.

- Legal. Já ouviu falar na família Mikaelson, que se mudou pra lá no semestre passado e deram um baile de boas vindas ? É a minha família.

- Tá brincando ? - ele ficou ainda mais eufórico. - Cara, minha mãe foi nesse baile, mas eu não pude ir, tava estudando.

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