Nove

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Hoje eu tentaria fugir, hoje seria o dia que eu realmente provaria para ele que humanos são patéticos porque se eu não conseguir e ele me pegar novamente, ele iria me matar.. mas aqui ele pode me matar a qualquer hora mesmo então não faz diferença.

Deixo minhas coisas arrumadas e o sol está bem forte, algumas partes da floresça não pegam o sol, mas se eu conseguir sair daqui dessa montanha, antes de escurecer, estou salva.

Vou até a cozinha e tinha uma coisa diferente, a senhora fez café, eu amo café e o dela era simplesmente maravilhoso, estava tomando o café enquanto penso que tenho que passar no quarto dele e ter certeza que ele está dormindo.

— Bom dia. - ela fala trazendo um copo bem grande com um líquido vermelho. - Kiyoko toma café.

— Vou tomar mãe. - ela se senta ao meu lado e me olha e eu olho pra ela e lembro dela quase morrendo engasgada. - Você deve ser a [nome] né ? - ela fala e sinto que ela me olha como se fosse aquelas mulheres que roubam marido alheio.

— [nome] leve esse copo pro senhor. - a senhora murmura me entregando o copo.

— Eu levo. - Kiyoko quase me derruba da cadeira.

— O porra. - falo tentando me arrumar no acento.

— Ele pediu pra ela levar. - encaro o copo com líquido vermelho.

— Certo. - suspiro e pego o mesmo.

Eu ainda estava com um shorts e blusinha ainda não tinha tirado, caminho até o quarto dele, bato na porta mas não obtenho resposta como sempre, então eu entro o vejo dormindo, seus cabelos bagunçado na cama e uma mão no abdômen definido, largo o copo ao lado dele e do uma última olhada. Agora é o momento de fugir.
Saio do quarto em silêncio e vou até o meu, entro e começo a mexer na minha bolsa, não costumo usar calça, mas tinha uma do esquadrão era do Gyuu, a coloco e prendo com o cinto, visto uma blusinha qualquer a vestindo. Saio do quarto em silêncio com a minha bolsa.

— Você vai fugir. - era a Kiyoko e ela está sorrindo.

— Não me atrapalhe. - falo dando as costas e saindo.

— Não vou te atrapalhar, pelo contrário. - a olho por cima do ombro. - A floresta tem bastante armadilhas, cuidado para não cair em nenhuma.

— Não vou. - pisco para ela e começo a sair.

Olho pra floresta, se eu consegui chegar aqui no templo sem me enroscar em nada, é só eu seguir o mesmo caminho, olho pra trás vendo o templo e respiro fundo. Começo a caminhar pra dentro da floresta, o sol não pegava por conta das árvores e isso me fode. Mas ele não ia me procurar agora mesmo se acordasse. Começo a andar com calma, não queria cansar pois quando saísse da floresta iria precisar correr. Porra, começo a olhar o chão e não parecia que tinha armadilhas. Começo a apertar os passos andando mais rápido.

[...]

Eu estava ofegante e cansada, puta merda eu já estou andando a quanto tempo e nem um sinal da onde o carro parou aquela vez. E pro meu azar parecia que o sol estava começando a se por. Puta merda, mas eu já estava longe. Estava andando quando tropeço em algo e simplesmente caiu de cara no chão.

— Aí que inferno. - berrei nervosa - Como eu saio daqui ? - estava começando a me desesperar.

Sentada no chão e encostada em uma árvore, começo a respirar ofegante. Vou descansar um pouco, já estou longe o suficiente. Encosto minha cabeça na árvore e sinto meu corpo começar a relaxar um pouco, aos poucos meus olhos foram fechando, eu estava com fome. Gyuu você poderia apenas aparecer.

— Ei. - abro meus olhos vendo o Tomioka.

— Você me achou. - me levanto berrando e pulando para o abraçar. - Que bom, que bom.

— Presta atenção. - ele murmura baixo no meu ouvido me fazendo o olhar. - Ainda não acabou, já escureceu e você precisa correr.

— O que ? - pergunto confusa e ele me solta.

— Acorda porra, Douma já sabe que fugiu. - ele fala.

E eu acordo !

Percebo que já está escuro, porra porra porra. Me levanto e começo a correr, desesperada e atropeçando. Só vi em um momento em que meu pé enroscou e eu caí, rolando floresta acabando, só parei quando bati em uma árvore. Coloco a mão na cabeça e vejo que está sangrando. Merda ! Me levanto novamente, mas meus olhos brilharam quando vi a estrada em que o veículo veio. Começo a correr sorrindo até que a merda aconteceu. Eu pisei em algo e o chão abriu me fazendo cair. Eu caí em uma das armadilhas.

— Merda merda. - falo me levantando do chão.

Tento sair, pular, mas era muito alto eu não conseguia sair. Ai que porra, me sento quieta, se eu ficar quieta, ninguém me acha aqui e quando o sol nascer eu consigo sair.

— Ela está aqui. - suspiro nervosa quando vejo uns cinco homens cercarem o buraco - Nosso senhor vai ficar feliz porque achamos ela.

— Porra do caralho. - murmuro para mim mesma enquanto sou arrancada do buraco.

— Vamos levar ela logo, ele está esperando. - um cara fala me olhando de cima abaixo - Ela está toda suja e sangrando, o que pensou ? Ele sentiria seu cheiro de longe.

— Se vocês fingirem que não me viram consigo continuar. - falo os encarando e eles dão risada.

— Aí vai ser nós que vamos morrer. - um cara me empurra me fazendo andar - Antes você do que nós, você é muito idiota, agora vai morrer.

— Pelo menos não vou ser escrava. - falo dando de ombro - Como vocês, seus merdas.

— Tomara que ele arranque sua língua e coma na sua frente. - um dos caras falou.

Depois de andar igual uma condenada de volta para o templo, comecei a sentir frio na barriga. É eu ia morrer, um dos caras segurou meu braço me arrastando de volta para o meu quarto enquanto eu batia nele, até arranhar a cara toda desse desgraçado mas ele não me soltou. Só me jogou novamente no meu quarto, entrando e fechando a porta.

— Banho. - ele fala se sentando na cama. - Vou te entregar limpa pra ele vai logo.

— Você vai ficar me olhando ? - pergunto e ele revira os olhos.

— Não se preocupe, nosso senhor não permite que olhamos para quem ele vai jantar. - o cara fala e eu reviro os olhos.

— Pau mandado. - falo e começo a tirar minha roupa na raiva.

Entro no chuveiro depois de tirar minha roupa, começo a ver alguns machucados pelo meu corpo, mas nada demais, depois do banho vesti a roupa que uso para dormir, o shorts e a blusinha. Ele segura meu braço novamente e começamos a andar no templo, subindo escadas e chegamos em um corredor que no final tinha uma porta preta, aonde entramos e ele me jogou com tudo me fazendo cair no chão.

— Porra já falei que não sou saco de batatas. - falo o olhando na porta e ele estava curvado.

— Senhor, trouxe ela de volta. - ele fala e eu olho para frente.

— Pode sair. - Douma fala calmo e eu engulo em seco - Mande todos irem dormir, não quero que ninguém me atrapalhe.

Olho pro Douma que estava sentado em uma poltrona vermelha, fumando algo, acho que era um charuto, ele estava com o corpo espreguiçado na poltrona, com as pernas abertas e seu cabelo caído no ombro, sem camiseta e me olhando irritado.

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Próximo cap o hot em uhulll

The Best | Douma, Doma Onde histórias criam vida. Descubra agora