CAPITULO 1 | ΚΕΦΑΛΑΙΟ 1

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"Eu preciso de um drinque, um homem ou uma massagem. Ou uma massagem bêbada feita por um homem."
Cristina Yang.

🌻🌻🌻

O sol adentrou pelas janelas abertas e as cortinas balançavam com a brisa morna do Mediterrâneo. Soube ali que estava em meu quarto, mesmo com os olhos semiabertos e uma dor de cabeça que começava a nascer nas têmporas virei na cama buscando meu celular.

A tela de bloqueio marcava onze e vinte e sete, enquanto Sandra Bullock sorria para mim. Puta que pariu! Estava atrasada.

Afastei os lençóis com tanto fervor que a dor de cabeça fora esquecida e nem mesmo a pressão baixando nos primeiros passos me impediu de seguir para o banheiro. Precisava de um banho e roupas limpas, afinal, aparentemente eu estava usando o mesmo vestido da noite anterior.

De banho tomado, com os cabelos úmidos e tentando colocar um tênis enquanto pulava pelo quarto a procura da minha raquete de tênis, percebi que meu avô iria me matar e comer meus rins no almoço, isso claro, se eu chegasse à tempo.

- Que merda, onde esse treco tá?

Aquele início de tarde de sábado precedia uma boa bronca. Okay eu admitia que merecia, ao menos daquela vez.

Atenas estava barulhenta, aquela época do ano atraía mais turistas do que o restante dos meses, o que significava mais carros nas ruas e mais trânsito. E eu precisava chegar à quadra de tênis em menos de trinta minutos, porém com o engarrafamento aquilo jamais iria acontecer

Meti a palma direita na buzina e xinguei algum palavrão. Eu estava ferrada.

Quinze minutos depois eu estava começando a sair da zona central de Atenas e me aproximava do clube de tênis. Antes que pudesse desligar o carro o manobrista surgiu, busquei com pressa o equipamento esportivo no banco do passageiro e pulei do carro enquanto jogava a chave para o rapaz que não deveria ter mais que vinte e dois anos.

Disparei para dentro do clube, enquanto tentava prender meus cabelos em um rabo de cavalo decente, uma falha tentativa de estar pronta ao cruzar a entrada da quadra.

Com as bochechas vermelhas e um respirar ofegante eu havia chego, vinte e cinco minutos atrasadas, mas havia chego - os minutos de atraso eram um mero detalhe.- sã e salva.

- Você está atrasada. - foi a primeira coisa que ouvi ai cruzar parte da quadra para beijar uma das bochechas do homem de sessenta e sete anos.

- Bom dia, vovô. Desculpe, o trânsito estava horrível.

Me justifiquei, não era mentira, mas sabíamos que se eu tivesse saído mais cedo de casa, no horário, não teria gasto uma hora e meia numa viagem que normalmente era feita em vinte minutos.

- Bom dia, querida. - sussurrou, beijando minha testa e me olhando desconfiado logo em seguida.

Me afastei e cruzei a quadra rapidamente, antes que um discurso sobre responsabilidade viesse, antes das sacadas de bola.

Ao me posicionar do outro lado da quadra e erguer os olhos eu conseguia ver meu avô sorrir e balançar a cabeça em negação.

Nikolas Onassis era um homem de sessenta e sete anos, olhos castanhos, barba bem aparada e algumas linhas de expressão bem marcadas. Era alguém cujo a vida cobrou demais, porém permanecia firme como uma rocha. Mesmo com o temperamento deveras severo e as incontáveis broncas seus olhos transbordavam amo amor, mesmo quando regia com punhos de ferro os negócios da família. Nikolas era tudo para mim, a minha pessoa favorita no mundo, a única que conhecia todos os meus fantasmas e pesadelos. E eu sabia que por detrás de cada olhar severo existia o homem que apenas me queria bem.

Amor à Grega | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora