Três dias haviam se passado e Ana estava pronta para sair do hospital, ainda abatida e com alguns hematomas, mas se recuperando bem. Apesar de estar com o pé imobilizado por uma bota ortopédica.
--Tem certeza que não quer usar a cadeira de rodas? -- Anthony pergunta segurando seu braço para que ela possa sair da cama.
--Eu estou bem, Anthony. Vamos? -- Sua feição fria não demonstrava a sua dor. A dor de perder seu bebê.
--Tudo bem, vamos lá. Devagar. -- Ele pega sua bolsa e sai do quarto com a esposa.
Todos os olham curiosos. Anthony era bem conhecido e ninguém estava entendendo o porquê dele estar acompanhando uma mulher em um hospital.
...
Ao chegarem no carro, Anthony a ajuda entrar e coloca seu cinto de segurança, avaliando ainda seu estado.
--Eu tenho uma surpresa pra você, em casa.
--Pra mim? -- Ela pergunta enquanto o observa sorrir fraco. Ana estava muito grata por ele cuidar dela depois da morte do seu melhor amigo, mas não conseguia sorrir depois do que aconteceu. -- Eu não quero que você se preocupe comigo, senhor Montenegro. O que aconteceu entre nós foi um erro. Tínhamos um acordo. Esse casamento, ele é falso, mas um bebê... Aquele bebê não era. Então, por favor...
--Ana. Eu não estou pedindo para você esquecer o nosso bebê. Estou tentando te fazer se sentir melhor. Não foi só você quem perdeu um filho.
--Me desculpe... eu...
--Tudo bem. Vamos embora. -- Ele a olhou e colocou o cinto, logo em seguida ligou o seu carro dando partida no mesmo.
...
Anthony estava concentrado na direção da estrada e Ana o observava. Ela queria dizer que estava gostando do chefe, mas deveria ficar quieta. Ela sabia que ele não a aceitaria, Ana era apenas uma empregada da sua empresa e ele o homem que todas as mulheres queriam.
Ele não ficaria com ela por amor.
--Ana. Ana, tudo bem? -- Ele passou a mão na frente de seu rosto, fazendo-a despertar de seu descanso.
--Oh, sim... eu... nós chegamos? -- Ela pergunta olhando para frente na tentativa de disfarçar. Ela havia sido pega encarando o seu marido.
--Vamos. -- Ele sorri. -- Ele está te esperando.
--Ele? Ele quem? -- Sua curiosidade havia acordado.
--Veja você mesma. -- Ele aponta para a porta da mansão agora aberta, Charlotte está lá.
--Aí, meu Deus! -- Ana tira o cinto de segurança e abre a porta do carro. Ela faz menção de sair quando é pega pelo braço.
--Calma! Você ainda está machucada. Eu te ajudo.
--Bryan! -- Ela sorri e chora ao mesmo tempo. Anthony a ajuda vagarosamente. -- É o meu bebê... -- Eles caminham devagar até a entrada da casa e Ana sorri para todos. Mas seu olhar vai direto para o pequeno menino negrinho de cabelos encaracolados. -- Meu amor. Que saudades! -- Bryan imediatamente reconhece a mulher que tanto cuidou dele e logo estende os bracinhos para que ela o pegue.
-- Com licença, senhora Montenegro. Eu preciso sentir meu menino.
--Cuidado, Ana. -- Anthony aparece e segura em sua cintura. -- Você está machucada.
--Eu sei. Ele está tão lindo.
--Ele está todo bonitinho para vocês, minha filha. Venha, vamos entrar para que você descanse.
Eles todos entram e Ana vai com o pequeno que já está segurando seu colar.
A sala está cheia de brinquedos. Um tapete colorido e na TV passa um programa infantil.
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Obsessão
Fiksi Penggemar--Eu não aceito me envolver emocionante com você, Anthony. - Ela responde secamente, após isso sai batendo a porta do escritório. -- Seu irmão tinha toda razão. - É uma pena que você não tenha escolha, Ana. -- Ele diz baixinho. -- Você não me conhe...