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AVISO:  gatilho tortua.

°×°

— Abra a boca Jeongin! — Han Nabi falou irritada porque o filho não obedecia.

Jeongin se recusou a abrir a boca, fechou os olhos com forca, pedindo a todos os deuses, que tudo que estava vivendo não passasse de um pesadelo ruim. Mas infelizmente, a vida era um merda mesmo.

- Se não abrir a boca por bem, vai ser por mau! – Nabi gritou enfurecida.

Com apenas um gesto chacoalhou as mãos e dois seguranças seguraram o pequeno Han, Jeongin não tinha forças para competir com dois homens adultos, acabando assim por ceder a pressão, o homem apertou as suas bochechas e puxou sua mandíbula para baixo.

Deixando a boca do garoto aberta, o Han se remexeu na cadeira onde estava preso, mas nada surtiu efeito, Han Nabi aproximou o objeto estranho de Joengin, e o pequeno se preparou para o que viria.

Em poucos segundos, ele sentiu o objeto metálico invadir a sua boca e cortar uma camada do tecido da pele, Jeongin se remexeu com dor, mas a mulher nem assim parou de fazer o exame claramente doloroso de mais para uma criança.

As primeiras lagrimas molharam o rosto de Jeongin, assim como a onda de dor insuportável que correu por todo corpo.

Não estava aguentando mais, os sons estranhos que fazia pedindo para que parassem, só pioravam a situação, deixando tudo mais doloroso.

- Por....p... por fa...- falou com dificuldade.

Depois de longas duas horas de dor, Nabi mandou que soltassem Jeongin que se mantinha, em um choro silencioso, e doloroso, mas o que doía mais no garoto, não era a dor física, e sim o jeito que a própria mãe lhe olhava.

Ela não tinha amor nos olhos, eles eram apenas opacos e sem vida, refletiam a alma que ela tinha, a infelicidade de ser um monstro.

- Não me olhe assim, lembre-se de Yume, ela foi uma heroína, salvou a todos, porque você não pode ser. – A mulher se aproximou de Jeongin com um frasco, com um líquido viscoso, e verde, com destreza injetou em Jeongin que já estava acostumado a receber doses altas desse vírus.

Han Nabi já tinha injetado mais de 23 vezes o soro em seu estado adormecido, em Jeongin, o garoto já tinha se acostumado com a sensação de fogo correndo pelas veias, ou como sua cabeça parecia que ia explodir de tanta dor, ou o sangue que sempre sai dos olhos e nariz.

Já estava acostumado com a merda da sua vida.

Jeongin chacoalhou a cabeça se livrando das lembranças ruins. Odiava quando elas insistiam em voltar .

O grupo de antes tinha voltado a algumas horas, como imaginavam Minho estava para arrancar os cabelos de tão nervoso e preocupado, com o sumiço repentino dos irmãos Han .

— Achei você. — Hyunjin sussurrou subindo no telhado, as vezes quando queria ficar sozinho Jeongin subia no telhado e admirava a lua brilhando no céu.

Outras vezes ele e Hyunjin passavam a noite juntos, dormindo abraçados. Hyunjin tinha muita paciência com Jeongin, o mais novo infelizmente tinha muitos pesadelos durante a noite .

Mas mesmo com o sono interrompido várias vezes, o Hwang sempre estava disposto a passar as noites em claro se fosse preciso. Sempre cuidaria do seu garoto.

Hyunjin era a única pessoa que mantinha o Han mais novo lúcido, era difícil identificar o que eram sonhos da realidade.

A dor física ainda era sentida, a tristeza sempre estava lá, e sempre estaria.

Welcome to Garden - Minsung Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora