Capítulo 17 - John Lobb

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Arregaçada

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Arregaçada. Sabe a sensação depois do primeiro dia de academia? Doíam músculos e articulações que eu nem sabia que existiam. Com as pernas trêmulas, precisei de ajuda para sair de cima do balanço. Sorri engraçado por que minhas pernas estavam moles e não consegui parar em pé.

Me apoiei no peito dele, sem segurança alguma em mim mesma, e pedi alguns segundos.

— Abraça meu pescoço. — Falou com uma firmeza que me deixou em dúvida se tínhamos mesmo acabado a brincadeira.

Muito bem-humorada, não tinha saco para rebater ou perguntar, então o abracei. Dei-lhe um beijinho na boca, já que estava ali, e ele me segurou por baixo dos joelhos, me segurando no colo.

— Sei que você tá cansado também, Batatinha. — Resmunguei, deitando a cabeça em seu peito que era quentinho e mais confortável do que parecia — Era só me dar uns minutinhos que eu...

Calada.

Fiz careta, revirando os olhos para a ordem, mas não respondi. Largando as coisas que usamos no meio do salão vazio, colocou o primeiro pé na escada e tive que olhar para baixo, com um puta medo de cair.

— Olha só, se você quer dar uma de machão, essa não é hora para isso. — Avisei. — É lindo que queira me carregar no colo e tal, mas se a gente cair...

Fez shiu pra mim! A audácia do sujeito de querer me calar! Apertei mais o pescoço dele, com medo real de cair, e pronta para pular de seu colo quando tropeçasse.

Se ele não tinha medo de escadas, pois eu tinha. Sou da época da novela da Nazaré e sabia das tragédias possíveis.

Atingiu o último degrau, avançou pelo corredor inteirinho e pediu que eu girasse a maçaneta do último quarto, o primeiro que conheci quando entrei no Stage pela primeira vez, o mais normal de todos, com cama grande e um sonho de banheira.

Pois foi comigo até ela, inclusive. Não sabia mais onde meu sutiã tinha parado e nem me dei ao trabalho de procurar. Me deitou na banheira vazia e limpa, tapou o ralo com a tampinha e a ligou.

Demorou pouquíssimo tempo para que começasse a encher e o calor da água funcionava como um amaciante para minhas pernas.

Sem conseguir evitar, deitei a cabeça na borda da banheira, sentindo seu efeito relaxante, e ele veio com um elástico para prender meu cabelo.

Coisa de sapo velho. Só um cara muito acostumado a dar banho em mulheres teria o cuidado de prender meu cabelo.

Olhei para ele, juntando todos os meus cachinhos num coque, e sorri pela delicadeza. Deu vontade de dar um beijo nele, então o puxei um pouquinho para alcançá-lo.

— Vai me dar banho? — Talvez minha voz tenha saído um pouco mole demais.

— Vou.

Nem perguntou se eu queria que me banhasse, ou se poderia. Às vezes essas perguntas com respostas óbvias eram necessárias, mas ele não se importava o bastante para perguntá-las. Puxou, de debaixo da pia, um sabonete de bolinha e a jogou na água que já atingia a metade da banheira.

Todas as coisas que Deixei por TiOnde histórias criam vida. Descubra agora