Clube dos Corações Partidos #2
Ela é uma escritora falida fazendo pesquisas para seu novo livro.
Ele é o Dono do Stage, o bar mais fetichista da cidade, e prefere casos de uma noite só.
Ela ainda está muito machucada por seu último relacionamento.
E...
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Gozei com a cabeça encostada em sua clavícula e ele ergueu meu rosto só para ver. Acabei sorrindo me sentindo muito bem, mas longe de satisfeita.
Seria a vez dele de gozar e eu queria ver como ele se comportava. Acelerei o movimento, forçando, passeando pela cabeça e pelo comprimento inteirinho, vendo-o tão entregue que jamais teria coragem de deixá-lo na mão.
Pois foi ele quem decidiu parar. Bem perto da própria liberação, parou o movimento da minha mão, me olhou cheio de promessas, e se afastou.
— Volta aqui. — Pedi um pouco manhosa demais para meu próprio gosto — Ainda não te fiz gozar.
— Não se preocupa — Ele respondeu fechando a calça e o cinto —, você ainda vai, só não agora.
Fez algum sinal para o garçom, que acenou concordando, e não entendi qual o plano deles. De todo jeito, me senti exposta demais e puxei a saia para baixo, arrumei a blusa também, embora Bataille não tivesse mexido nela, e esperei.
— Vem, Coisa. — Com um sorriso que não entendi se era brincalhão ou malicioso, estendeu a mão para mim para me conduzir.
— Coisa? — Cheia de tesão sim, idiota nunca. — Você me chamou de COISA?!
Apontou para o salão e continuou com a mãozona me esperando. Fiquei olhando para a cara dele, esperando explicações pelo apelido de bosta, e não arredei o pé.
— Saiu sem querer. — Respondeu com tanta paciência, que cheguei a acreditar. Se era verdade ou não, a mentira era vergonha para ele, não para mim.
Aceitei a mão e a ajuda para sair do banquinho, e fomos para o salão que, aos poucos, esvaziava.
— Você pediu que todos saíssem, ou é impressão minha?
Ok, igual todo mundo, eu gosto de gentileza. Só que gentileza demais me incomodava. Olhando as pessoas se vestindo, os brinquedos pegos do chão, as músicas parando, confesso que fiquei constrangida por atrapalhar a noite de todo mundo por querer apenas foder com o dono do lugar.
— Sabiam que fecharíamos mais cedo antes mesmo de entrarem. — Me respondeu, ajeitando outro banquinho do balcão para que eu me sentasse, e assumindo o outro lado.
Tudo de caso pensado, entendi logo de uma vez. Mais do que me deixar uma semana com a chave de seu bar, ele me analisou, talvez por câmeras (vai saber), talvez por seus funcionários. Viu que curti assistir a pegação entre dois meninos e fez igual. Sabia que me conquistaria daquele jeito e, depois de feito, mandou fechar o bar para ficar sozinho comigo.
Era um filho da puta, mas um filho da puta engenhoso.
Puxou uma garrafa de líquido âmbar e imaginei que fosse uísque, mas não tinha rótulo, era mais uma garrafa daquelas que os chefões dos filmes usavam para se servirem depois de um dia cheio de trabalho.