Capitulo18

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Depois de duas semanas na Itália, passando os dias nas reuniões e acompanhando o progresso da guerra, acordei me sentindo pesada. Achei que fosse Maxon em cima de mim, mas quando finalmente abri os olhos, com certa dificuldade, vi que ele estava de bruços ao meu lado, com o rosto virado para o outro lado.

Todo meu corpo doía. Eu nunca me senti tão fraca quanto nesse momento. Eu não conseguia fixar minha vista em lugar algum. Tudo estava meio distorcido e balançando. Mesmo que eu não goste de admitir, eu não estou bem. Achei que minhas fraquezas durante o dia pudesse ser pelo fato de eu ter emagrecido muito. Mas não dava mais para esconder isso.

Tentei levantar, mas não conseguia levantar. O desespero tomou conta de mim e eu senti lagrimas descerem pelo meu rosto.

– Maxon? – eu chamei, virando a cabeça para ele.

Maxon não se mexeu. Respirei fundo e reuni o máximo de força que eu tinha e consegui forçar meu corpo a se levantar. Cai antes mesmo de ficar de fato em pé.

POV Maxon

Um barulho abafado me despertou. Abri os olhos e olhei para America, mas ela não estava na cama. Estranho, ela nunca acorda antes de mim. Olhei para o relógio e vi que não passava das seis da manha. Ainda mais estranho, ela nunca levanta tão cedo, nem se derrubarem ela da cama.

Percebi que nosso cobertor estava puxado para baixo. Sentei na cama, para olhar melhor, e vi o ombro da America. Será que ela caiu da cama? Me inclinei e vi que ela estava em uma posição tão desconfortável, que não seria possível não acordar.

Fiquei de pé em um segundo, me sentindo inteiramente desperto. Peguei minha cueca ao pé da cama, coloquei e abaixei ao lado dela.

– Meri? Meu amor? – eu disse, a balançando de leve.

Ela sequer grunhiu. Não emitiu nenhum som ou resmungo, como de costume quando tento acorda-la. O desespero estava tomando conta de mim, mesmo que eu tente de todas as formas evitar e me manter são.

– America? America! – eu a balancei mais.

Nada, ela não reagia. Quando a levantei, sua cabeça pendeu para trás. Não. A balancei novamente, não sabendo o que fazer. Sentia meus olhos cheios de lagrimas. Ela esta tão pálida. Comecei a gritar por ajuda, cobrindo sua nudez com os lençóis da cama.

Aspen entrou no quarto, desesperado, com a arma levantada. Quando me viu no chão, segurando a America, ele guardou a arma, já vindo em minha direção.

– O que aconteceu? – ele perguntou, com certo nervoso na voz.

– Não sei. Eu acordei. Ela estava no chão.. – eu disse, sentindo as lágrimas descerem.

Soldado Avery e soldado Tanner entraram correndo, seguidos pelas damas da America, que arquejaram ao nos ver. Aspen puxou o corpo da America de meus braços, enquanto Avery e Tanner me levantavam e me afastavam. Lucy estava chorando, abraçada a Mary, que a consolava enquanto Anne se aproximava e verificava o pulso da minha esposa.

– Esta fraco – ela disse.

– Tanner e Avery – Aspen disse levantando com America nos braços – descubram onde e a ala hospitalar.

– Sim senhor – eles disseram, correndo para fora do quarto.

– Anne, vista a America – Aspen disse, colocando-a de volta na cama – Mary, leve a Lucy para o quarto. Maxon? – ele disse, pegando meu braço e me puxando para o closet.

Aspen pegou uma calça dentro da minha mala e jogou para mim enquanto procurava uma blusa. Vesti sem questionar. Já pronto, voltei para ajudar Anne que estava um pouco enrolada com sua tarefa. Ela colocava a America em um roupão de seda preto.

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