Capitulo 51 - Maxon

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Desde que America partiu, a cinco dias, minha rotina se resume a dormir, comer trabalhar e treinar. Todo esse esforço tem resultado em minha resistência. Me sinto mais forte, estou mais magro, um pouco mais agressivo e, com isso tudo, estou dormindo tão pesado que mal sinto que estou sozinho.

Eu sinto saudades, muita, mas o cansaço e a determinação me ajudam a aguentar e seguir com o plano. Preciso me desligar se quiser vencer isso. Esses rebeldes já me tiraram muito. Se eles acham que podem invadir minha casa e fazer mal as pessoas que me importo, estão muito enganados. Se pensam mesmo que eu iria me esconder atrás das muralhas, dos meus guardas, bom, eles terão uma grande surpresa. Hora deles verem o poder da monarquia de Illéa.

Pensar essas coisas, me fez praticamente destruir o boneco de treino que eu usava. Pelo menos tenho conseguido canalizar minha raiva.

- Rei Maxon – ouvi me chamarem, me fazendo parar o treino e virar para trás.

- August, finalmente – falei, pegando uma toalha para enxugar o rosto – tudo em ordem?

- Mais ou menos – falou, parecendo ansioso.

- Qual o problema?

- Michel, majestade. Ele partiu assim que começou o recrutamento. Ele foi atrás de Celeste.

- Mas eu falei..

- Ele estava fora de si. Não ouviu sequer a esposa. Acordamos um dia e ele tinha ido embora.

- Tudo bem. Pelo menos Celeste saberá que iremos atacar e pode se preparar.

- Sim, pelo menos isso.

- Mas e quanto ao resto? O motivo de você ter saído.

- Dobramos o número de homens.

- Ótimo.

- Mas ainda acho que..

- Não quero ouvir – o interrompi.

- Mas majestade..

- August – o interrompi novamente.

- Eu só..

- Chega – gritei, o fazendo baixar a cabeça – não estou aberto a opiniões.

- Sim, majestade.

Ficamos em silencio, olhando para o nada.

- Desculpe, estou uma pilha de nervos – falei.

- Eu entendo majestade. Estou muito nervoso também.

- Por causa do que iremos enfrentar?

- Na verdade não. Estou pronto para a guerra. só não estou pronto para ver minha noiva no meio disso tudo.

- Porque? Pensei que Georgia fosse boa nisso.

- E ela é. Mas me diga uma coisa, se a rainha America fosse uma lutadora nata, você ainda iria aceitar leva-la contigo?

Nem precisei pensar a respeito. Neguei instantaneamente. Ele assentiu.

- Exatamente – ele disse – mas pelo menos você conseguiu tirar sua amada disso tudo. Você teve um motivo, um argumento. Eu não tenho nada. E temo perde-la.

- Olha August, se tiver algo que eu.. – me interrompi, pensando.

- O que?

- Eu acho que sei como te ajudar.

- Por favor, me diga!

- Eu preciso de alguém de confiança para tomar conta do palácio para mim. Até esse momento, eu estava me desesperando para acabar com esse problema. Não posso deixar o castelo sozinho, e minha família foi para a Itália.

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