Acordar sozinha, antigamente era normal para mim. Mas agora é angustiante. Sinto tanta falta de Maxon, que chega a doer. Me arrependo todos os dias de ter fugido. Será que algum dia ele irá me perdoar?
Empurrei minhas pernas para fora da cama e praticamente cai. Essas tonturas matinais são chatas. Fiquei de olhos fechados, tentando me recuperar, quando a porta do quarto de abriu.
- America - May chamou, entrando - preciso da sua ajuda.
- Bom dia May.
- Sim, sim. Bom dia. Me ajude.
- Fale.
- Ponha juízo na cabeça do papai. Ele não quer falar do meu casamento.
- May, você só tem quinze anos.
- Tenho quase dezesseis. E o Ethan já tem dezoito. Ele já tem idade para casar.
- Ethan já te propôs?
- Ainda não. Mas sei que vai. Ele me manda carta toda semana. É um fofo.
- Bom. Mas não é assim que funciona May.
- Porque não? Você e Maxon se casaram sem se conhecer. Por falar nisso, quando ele vem?
- Agora não May.
- Tudo bem. Porque você não pode ir falar com o papai?
- Eu posso.
- Então vá!
- Calma May. Não é assim. Primeiro precisamos de um evento. Para então nos aproximarmos.
- Então a gente podia organizar um baile.
- Por que motivo?
- Precisamos de um?
- Você tem muito o que aprender. Agora saia. Preciso me arrumar.
- Onde estão suas damas?
- Elas, ahm.. - gaguejei - elas estão muito enroladas. E minha visita é rápida.
May deu de ombros e saiu. Fui para o closet e troquei de roupa. É tão mais simples com minhas amigas aqui. Durante o café da manhã, fiquei apenas revirando a comida, não tenho fome.
Levantei o olhar, observando minha família interagindo normalmente, sem me incluir. Tudo mudou tanto desde que fui embora. Será que Kenna se sentiu assim, um pouco excluída?
Levantei sem falar com ninguém e fui caminhar no jardim. Torci para ninguém vir atrás de mim, preciso ficar um pouco sozinha. Mas na família Singer, isso não existe. E logo eu ouvi passos atrás de mim. Quando virei para olhar quem era, me surpreendi. Era um criado, e não alguém da minha família.
Olhei com o cenho franzido, me perguntando o que poderia ser. Mas o criado passou direto. Quando estávamos ombro a ombro ouvi sua voz rouca.
- Não adianta fugir, estamos em todos os lugares - ele disse, sem parar sua caminhada para o nada.
Meu sangue se transformou em gelo dentro de minhas veias. Fiquei imóvel por alguns segundos. Estou enlouquecendo, só pode. Olhei para trás, mas perdi o criado de vista. Ouvi passos se aproximando por trás novamente e virei, me assustando.
Kota ergueu as mãos, em um ato de rendição. Levei a mão ao peito, tentando me acalmar, mas minhas pernas tremiam.
- Irmã. Você está pálida. O que aconteceu? - perguntou, se aproximando.
- Eles estão aqui - disse, num sussurro - vieram atrás de mim.
Kota olhou em volta assustado, me envolvendo e sustentando eu corpo. Me agarrei a ele, sentindo uma dor muito forte, como a pior cólica do mundo. Segurei minha barriga, olhando para baixo. Tem algo muito errado acontecendo.
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Side by Side
Fanfiction~ Uma história alternativa de "A Seleção" ~ Meu nome é America Singer. Filha de Shalom Singer, rei de Carolina. Nossa nação é extremamente poderosa e rica. Tenho muitos irmãos, mesmo que isso não seja comum em famílias da realeza. Ser princesa pode...