Capítulo 58

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Notas do autor:

Gente, que dia. Mas consegui chegar. Ufa.

Esse final de fic está sendo tão dificil para mim. Tudo muito corrido na minha vida, e sei lá. final é sempre dificil não é?

Sim, estamos na reta final, mas vamos que vamos :)

Enjoy


Estamos em uma maratona. Estamos a caminho da Itália para o casamento de Nicoletta. Assim que voltarmos, já começaremos os últimos preparativos para o primeiro aniversário de nossos filhos. Sem contar que o casamento de Aspen e Lucy também se aproxima.

São tantas coisas acontecendo, que Maxon e eu mal temos tempo para nós dois.

Eu sempre imaginei que com a chegada dos filhos, o casamento entra em segundo plano. Pelo menos nos primeiros anos dos filhos, quando eles são totalmente dependentes.

Maxon está o tempo todo lendo papéis, escrevendo coisas. Mesmo com o país em um estado tranquilo, que pode se confundir com paz, eu sei que as coisas nunca são simples assim.

Mas agora, como salvar um casamento de cair na rotina?

Nesse momento, Maxon está com Aspen em um sofá em frente ao meu no avião. Os dois falam sobre formas de gerar energia limpa, o novo projeto de Maxon para Illéa. Mary e Lucy estão cochilando em um sofá, e Anne está entre as duas lendo.

Levantei devagar e fui até o quarto, onde as crianças dormiam. Fiquei ao lado do berço, olhando os dois até ouvir passos se aproximando da cabine, mas eu sabia que não era Maxon.

- Precisando de algo? - Anne perguntou, colocando a cabeça para dentro do quarto.

- Preciso de concelhos matrimoniais - respondi, sentando na cama.

- Creio que nisso eu não posso ajudar. Mas aceita um pedaço de torta?

- Sempre.

Ela sorriu e entrou, já com a torta na mão. Ergui a sobrancelha e ela deu de ombros.

- Eu sempre sei quando você precisa de um doce - ela disse.

- Você é incrível - falei, pegando o pratinho de sua mão.

- Posso não saber nada de casamento, mas posso ser uma boa ouvinte - Anne sentou ao meu lado na cama - desabafe comigo.

- Creio que meu casamento posso estar chegando ao fim.

- Fim?

- Não digo divórcio, porque não é permitido. Mas eu me refiro a rotina, mesmice. Nós não somos mais amantes, Maxon vive cansado e eu também. Nos contentamos com pouco, e agora eu sinto falta.

- Se você sente falta, significa que não acabou.

- Quando um não quer, dois não brigam.

- Se um quer, ele pode correr atrás e fazer acontecer. Me admira você, America, estar aqui sentada, se lamentando. Logo você, que sempre fez as coisas acontecerem de acordo com o que julgava certo.

- Não estou me lamentando. Só não sei o que fazer.

- Eu sei o que você não deve fazer. Você não deve ficar aqui parada, enquanto seu marido está lá fora, alheio ao que você sente.

- Mas...

- Mas nada. Você sabe que eu tenho razão. Pare de se lamentar, levante a cabeça e faça acontecer. Se a chama está se apagando, pegue combustível e jogue em tudo, como você sempre fez.

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