Capitulo 22

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POV Maxon

Olhei apreensivo para America, são em situações assim que ela acaba falando besteira. A rainha da Noruécia está falando do casamento dos nossos filhos, sendo que não temos nenhum. Não sei como ela vai reagir, agora que soubemos que quase tivemos. Envolvi a America pela cintura, a puxando para perto.

– Nós precisamos falar com os outros convidados – me apressei em dizer.

– Sim, claro. Entendo – rainha Marlee disse – até mais tarde então.

Fiz uma breve reverencia, sorrindo e puxei America comigo. Peguei duas taças de champanhe e entreguei um a America. Ela soltou o ar assim que nos afastamos e parou de andar. Olhei para ela, seus olhos estavam marejados.

– Meu amor? O que houve? – perguntei, a virando para mim.

– Não sei. Porque ouvir aquilo me afetou tanto? – ela disse, com a voz falhada.

A puxei para mim e ela me abraçou com força. Acariciei suas costas, não me importando com a multidão de pessoas a nossa volta. Me desvencilhei de seu abraço e a puxei comigo ate o jardim, fomos ate aquele banco de pedra, que tantas vezes sentamos. Para o banco de pedra, próximo ao local do nosso primeiro beijo.

Ficamos em silencio alguns minutos, apenas sentindo o vento frio. America apoiou a cabeça em meu ombro e eu a envolvi. Terminei meu champanhe e acabei bebendo o dela tambem.

– Eu quero Maxon. Eu quero um filho – ela disse, com o rosto em meu pescoço.

– Ele virá meu amor.

– Por quê? Eu não queria. Eu estava bem. Mas depois de ter perdido, eu me sinto constantemente vazia.

– Acho que isso é normal.

Ficamos em silencio novamente. A festa rolando lá dentro. A música alta, risadas. Mas o clima ali fora era mais carregar. America ficou triste e não sei o que fazer. Não gosto de vê-la assim.

– Ei – sussurrei – quer ir dar uns amassos em algum corredor vazio?

America riu e se afastou para me olhar. O divertimento em seus olhos novamente. Ela assentiu e eu levantei num pulo, a fazendo rir mais ainda. Segurei sua mão e a puxei para dentro. Ela ainda ria. Assim que saímos do meio da multidão e começamos a serpentear pelos corredores desertos, eu a puxei para o meu lado e entrelacei nossos braços.

Viramos em um corredor e fomos subitamente interrompidos por um casal, que tinha chegado antes de nós. Olhei boquiaberto para uma America que apertava os lábios para não rir, mas quando nossos olhares se cruzaram, ela deixou uma risadinha alta sair. O casal se separou abruptamente, olhando em nossa direção.

– Aspen? – perguntei, não conseguindo disfarçar minha surpresa.

– Nicoletta? – America perguntou ao mesmo tempo.

Ficamos em silencio. Os quatro constrangidos e imóveis. Eu olhava da America para eles ela fazia o mesmo.

– Mas.. – America gaguejou – Eu pensei..

Nicoletta andou apressada até ela e a puxou de mim, a levando embora, sem falar nada. Fiquei assistindo as duas até elas sumirem e depois olhei para Aspen. Não conseguia segurar o sorriso.

– Ora ora – eu disse, andando lentamente até ele – me parece que os papeis se inverteram meu amigo.

– Não fale nada – ele pediu.

– O que foi que aconteceu aqui?

Eu ainda estava rindo, não dava para evitar. Aspen passou a mão no cabelo, nervoso, e suspirou.

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