Capitulo 48

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POV Maxon

Quando fui para o escritório, Aspen já me esperava lá. America estava na biblioteca com Paige, que desde que chegou, tem passado muito tempo com ela. America me deu uma versão resumida de sua conversa com Paige, mas também disse que não pode contar tudo, por ser assunto de mulher. Não perguntei mais nada depois disso, respeito a privacidade delas.

— Maxon, eu estava repassando as estratégias — Aspen disse, sem me olhar.

— E a que conclusão chegou? — perguntei.

— Agora que temos a Paige, não precisamos mais esperar pelo ataque.

— Está pensando em ir atrás deles?

— Exatamente. Temos tudo o que precisamos.

— Não sei Aspen. Isso me parece muito arriscado.

— Claro que é. Mas os pegaríamos desprevenidos.

— Mande chama-la.

Aspen levantou e saiu. Fiquei olhando para o mapa estratégico que havíamos feito. Quando ele voltou com a menina, esperei até que ela terminasse de fazer a reverencia e indiquei a cadeira a minha frente.

— Só queremos tirar algumas duvidas — expliquei.

Ela assentiu e sentou, cruzando os dedos sobre o colo.

— Precisamos apenas de algumas informações sobre os Sulistas — Aspen disse, sentando ao seu lado.

— Eu não sei muita coisa — ela falou.

— Sabe dizer onde eles estão? — perguntei — sabe dizer no mapa onde fica o quartel deles?

— No sul — ela disse levantando — mas fica próximo ao litoral. É um grande casarão, cercado de muitas plantações. Mas com acesso a praia, eu ia muito lá, para espairecer.

Paige ficou olhando para o mapa por alguns segundos e depois apontou o local. Aspen levantou e marcou a possível localização.

— Você saberia dizer quantos eles são? — Aspen perguntou.

— Não faço ideia. Eu não tinha contato com a parte militar.

— Como assim? — perguntei.

— Eles são extremamente organizados. O forte deles é todo setorizado, e um não tem contato com o outro. Existe o setor militar, o trabalhador, o governante, acho até que existem mais.

— Você era de qual setor? — Aspen perguntou.

Vi Paige ficar vermelha e baixar a cabeça, gaguejando. Talvez esse seja um dos "segredos de mulher" no qual America me falou.

— Muito bem — me apressei em dizer — isso não é importante.

— Perdão majestade — ela disse, ainda de cabeça baixa.

— Não se desculpe, pode voltar para o que fazia.

— Com licença — ela disse, fazendo uma reverencia e saindo apressada.

— Não é importante? — Aspen perguntou.

— Essa menina tem um segredo — falei — não sei qual, mas não muda nada para nós. Não devemos importuna-la com perguntas sobre seu passado.

— Como achar melhor — ele disse, se aprumando — então iremos até eles?

— Sim. Vamos ataca-los. Nos aproveitar do elemento surpresa.

— Muito bem. E o que faremos?

— Preciso que mande um espião para o sul — falei, olhando para o mapa — precisamos encontrar uma rota até lá.

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