Capitulo 2

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Isso não pode estar acontecendo. Meus pais simplesmente jogam essa bomba sobre mim e saem, me deixando estática. Príncipe Maxon também não se moveu, continuou parado pouco atrás de mim. Será que ele esta feliz com isso? Não consegui juntar coragem suficiente pra olha-lo.

Virei para trás, para falar com Anna, Mary ou Lucy, mas nenhuma delas estava lá. Saíram escondidas, me deixando sozinha com meu, noivo? Fiquei olhando para a porta, como se esperasse ela se abrir. Quem sabe com meus pais voltando para dizer que foi apenas uma brincadeira.

Príncipe Maxon foi ate a porta e a abriu, dando passagem para mim. Agradeci em voz baixa e sai, olhando para o chão. Ouvi que ele estava atrás de mim, andando no mesmo ritmo que eu. Parei na entrada, ainda sem coragem de abrir a porta e entrar no casamento de minha irmã. Príncipe Maxon se adiantou e colocou a mão na maçaneta. Segurei seu braço para impedi-lo. Péssima ideia, America. Agora ele estava imóvel, olhando para minha mão. De todos os príncipes que tinha conhecido, ele era longe o mais bonito. E mesmo com toda aquela roupa, dava para perceber que era forte.

– Não abra ainda – eu finalmente disse – Não sei se estou pronta.

– Claro – ele disse, com sua voz grossa.

Quando ele recuou, minha mão deslizou por seu braço. Senti meu rosto pegar fogo. Príncipe Maxon esboçou um sorriso, bem rapidamente. Ajustei minha postura e assenti. Ele abriu a porta e eu entrei, seguida por ele. Não pude ver muita coisa nos primeiros segundos, pois os fotógrafos fizeram questão de me fotografar com o príncipe de Illéa.

Andei direto para meu lugar na cerimônia, ao lado do altar, onde o príncipe James estava. May, Gerad e Kota já estavam lá. Me posicionei ao lado de Kota e sorri.

– Conheceu seu futuro marido? – Ele perguntou.

Olhei espantada para meu irmão. Ele sabia? Há quanto tempo isso está planejado?

– Como você.. – gaguejei.

– Princesas não gaguejam. E coloque um sorriso no rosto, tem muitas pessoas nos olhando.

Assenti, com o meu melhor sorriso. Kota sorriu de volta e acenou para alguém que passava.

– Na verdade foi ideia minha. De nada.

– Como você pode?

– Você mais cedo ou mais tarde teria que se casar. Eu apenas dei minha sugestão.

– Alguém quer saber a minha?

– Não.

– Isso é absurdo!

– Sorria irmã – ele disse, apontando com o queixo para frente.

Sorri instantaneamente e uma foto foi tirada. Odeio isso. Eu estava sorrindo, mesmo estando com raiva. É isso que eu odeio em ser princesa. Passei o casamento inteiro olhando para o nada, pensando. Quando a cerimônia acabasse e fosse a hora da festa, eu iria com certeza tirar essa historia a limpo.

[...]

– Pai! Como você pode fazer isso comigo? – perguntei, finalmente.

– Como assim filha? O que eu fiz?

– Me oferecer em matrimônio a um estranho?

– Ele não é estranho. É o príncipe de Illéa, nosso país vizinho.

– Vocês nem sequer disseram nada. Eu queria ter sido pelo menos consultada!

– Não tem o que consultar. Illéa é um aliado poderoso, não podia deixar essa oportunidade passar.

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