Capítulo 3 (Parte 2)

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Katherine 

Tive muito tempo nas últimos dias para pensar, é cheguei a conclusão que o cavaleiro de olhos verde e o duque eram o  mesmo homem, mas isso ainda não explicava porque ele apareceu na porta de  minha casa e não deixou o cavalo passar por cima de mim, eram perguntas sem respostas, até então. 
Assim que terminei de descer as escadas para o primeiro baile da temporada, ele estava parado lá, seus olhos procuraram os meus, não havia mais ninguém em nossa volta, muito menos uma rixa por nossos sobrenomes. Percebi o interesse de Cordélia nele, no segundo em que parei ao  seu lado, para minha surpresa, ele ofereceu uma dança a mim. Sem pestanejar aceitei, precisava de resposta e de brinde me vingaria de Cordélia. Eu sabia ser errado aceitar o convite porque  meu pai jamais permitiria isso, mas ele ainda não tinha conhecimento de quem aquele homem cuja eu estava nos braços em meio a uma valsa era o duque de Campbell. 
—  Por que foi a minha casa vossa alteza? — Perguintei novamente. Enquanto deslizavamos pelo salão, sua mão direita segurando pela cintura, ao mesmo tempo que a esquerda mantinha nossas mãos no ar, me conduzindo de forma impecável. Nem pareci que nunca havia dançado na vida, pois eu sabia exatamente que fazer, cada passo e movimento. 
—  Queria ve-la. —  Seus olhos prenetaram os meus, senti como se ele pudesse ler cada parte de mim. —  Minha vez de fazer uma pergunta vossa graça, por que aceitou dançar comigo mesmo  sabendo quem sou? — Sua pergunta e surpreendeu, por tudo que tinha ouvido dos Campbells nos últimos anos jurava que eles eram bem mais arrogantes.
— Ha mim? 
—  Sim, seus olhos me perseguiram. —  Devo ter corado, pois senti meu rosto quente. —  Ande, responda minha pergunta vossa graça. 
—  Não sou marquesa…
—  Em breve será duquesa. —  Me cortou, falando baixo demais que nem congui duvulgar o que foi dito. 
—  O que disse vossa alteza? 
—  Nada. 
—  Certo, respondendo sua pergunta, queria respostas para suas atitudes e também porque queria me vingar de Cordélia. 
—  Sua irmã?  — O duque fez uma cara engraçada. —  Por que a senhorita iria querer algo assim? 
—  O senhor não sabe, mas sua visita me causou problemas. —  Confessei. —  Cordélia disse que o cavaleiro tinha ido me ver, fiquei presa no meu quarto desde então. 
— Mais ela não mentiu, fui ve-la mesmo. —   Constatou. 
—  Vossa alteza, já entendi seu jogo... — Disse.
— Não faço ideia de que jogo,  está falando vossa graça… 
—  O senhor sabia que passo tanto tempo lendo que aprendi a ler as pessoas também...
— O que você lê em mim? — Ele olhou no fundo dos meus olhos mais uma vez. 
— Ah uma provocação por trás dessa dança. —  Cochichei. —  Olhe para meu pai, está com uma cara emburrada, por que só percebeu agora quem vossa alteza é, e o senhor por sua vez, nem consegue conter o sorriso por tirá-lo do sério.
— Me permita parabeniza-la vossa graça, pois acertou bem no alvo.
— Obrigada pelo elogio, vossa alteza.
— Se sabe minhas intenções, vossa graça, posso pedir mais uma dança? — Estudei o homem em minha frente. Por fim disse:
— Claro, mas primeiro gostaria de dar uma volta pelo lugar, aposto que varias garotas no salão querem uma dança com vossa alteza tambem. 
— Mais eu quero, uma em específico. —  Sem duvidas corei. A melodia acabou e o duque me conduziu para fora da pista, levou minha mão aos seus lábios e a beijou  sobre o tecido da luva. —  Aguardo ansiosamente pela próxima dança senhorita Bennett. —  Fizemos uma pequena referência um ao ouro. 
Rodei um pouco pelo salão, reconhecendo rosto  e cumprimentando algumas pessoas, queria que Edna tivesse aqui para contar tudo o que já havia acontecido, ainda custava acreditar que tinha dançado com duque de Campbell. Me servi de um pouco de poncho, justamente quando Cordélia se aproximou.
—  Quem era aquele, irmãzinha? Seu cavaleiro? 
— Sim. 
— Hum, todas garotas parece quer dançar com ele. 
—  É todas querem mesmo.
— Por que?
—  Ele é um duque. —  Cordélia arregalou seus olhos. 
—  Um duque! De qual família?
— Campbell. — Ela ficou sem reação, não sei dizer se pelo sobrenome ou por eu ter tido coragem de dança com ele. —  Sabe você tinha razão… 
—  Em que?
— Ele foi realmente me ver. — Cordélia sabia sobre o que estava me referindo, e logo aquilo deveria chegar aos ouvidos dos meus pais. —  Com licença, irmanzinha. —  Fui  mais longe que pude dela, mas me arrependi no minuto em que vi o meu inferno na minha frente. Edward Jones, estava bem ali vindo em minha direção. 
    Paralisei

O Duque de Campbell | ** DEGUSTAÇÃO! Onde histórias criam vida. Descubra agora