Capítulo 2 (Parte 2)

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Harry
   
    — Fiz o que e pediu, os livros já foram entregueis na biblioteca, como o senhor ordenou vossa graça. —  Um dos serviçais que acompanhou Demétrio avisou.
    —  Obrigado, pode se retirar. Espere! 
—  Sim, alteza. 
—  Onde está lorde Collins? 
—  Ficou na cidade, disse ter assunto para resolver. 
—  Certo, obrigado. 
—  Com licença senhor. 
Demétrio foi totalmente contra minhas ordens de doar os livros para a biblioteca, mas mesmo assim aceito e fez o ordenado. Eu mesmo havia separados os títulos na noite anterior, já que não consegui dormir, queria impressionar Katherine antes mesmo dela me conhecer, sua paixão por livros era a onde eu iria atacar por primeiro, nos relatórios que recebi, dizia que ela passava muito tempo na biblioteca Brooks no centro, em mais algumas  paginas para frente, descobri que lugar era de uma mulher, herança de seu falecido marido, presumi que às duas deveriam ser amigas isso explicaria porque tanto tempo gasto lá. 
 Tentei me concentrar nos papéis em minha frente, o povoado onde cresci no interior precisava de recursos, apesar de Collins ter mantido uma impecável administração nos últimos anos, quis assumir alguma responsabilidade, afinal agora carregava o título de Duque na frente ao meu nome, queria fazer jus a tal, mas foi impossível, seus olhos assustados sempre voltavam em minha mente. Iria até à cidade vê-la depois terminaria, toquei a campainha e logo Faustina apareceu na porta. 
—  Vossa graça. — Fez um pequena reverência. 
— Peça ao cocheiro para que coloque a sela em Zeus, vou sair. 
—  Sim, senhor! Irei mandar alguém imediatamente.  Mais alguma coisa?
—  Separe minha capa também. — Ela seria útil para disfarçar caso precisasse, não queria que ninguém me visse oficialmente até o dia do baile, onde finalmente todos saberiam quem era o herdeiro do ducado. Alguns minutos depois Faustina apareceu nas portas do escritório avisando estar tudo pronto, à minha espera. Vesti a capa e montei em Zeus. — Voltarei para o jantar. — Avisei. 
Zeus parecia tão ansioso quanto eu para ir ao centro, não levou nem meio segundo para atravessamos o pátio da residência dos Campbell, o sol já estava se pondo quando cheguei a cidade  não que morássemos muito longe, mas o mais afastado possível por causa do estado de saúde de meu pai, quando tudo piorou, mudamos para o interior. 
Passei em frente a biblioteca, mas estava fechando, não havia mais sinal de Katherine no lugar, segui pela avenida principal observando cada uma das calçadas e as pessoas que andavam por ali, mas não a encontrei. Poderia ter voltado para casa, ter desistido dessa ideia, mas não me contentei, não voltaria até vê-la, arriscando tudo, guie Zeus para outra rua na qual não passava a anos, ajustei a capa em minha cabeça para que ninguém me visse, trotando, segurei firme as rédeas enquanto procurava por uma casa em específico, nem me deu muito trabalho. A casa dos Bennets era a maior de toda a rua, sua enorme porta e janelas grandes davam o ar de importância, mesmo aquela família não merecendo, Josehp se orgulhava tal feito, mesmo sabendo que aquilo tudo nunca deveria ter sido dele. A luz fraca vindo do segundo andar, ganhou minha atenção, vi uma sombra se aproximando da janela. Olhei para os lados da alameda, por sorte não havia ninguém vindo, quando voltei meu olhar para janela, o mesmo par de olhos de café que me rondou a noite inteira, estava-lá me observando atentamente, tentando ver além da minha capa, Katherine sorri para mim. Abaixei minha cabeça como cumprimento.
— Ei! Você! O que faz não porta de minha casa? —  Olhei para trás, Josehp no meio da rua me encarando. 
— Desculpe marquês, só estava observando a bela residência. —  Menti. 
—  Quem é você? —  Questionou. Não respondi. —  Eu lhe fiz uma pergunta! Responda!
—  Logo o senhor e toda Londres saberá! —  Grite. —  Passar bem marques Bennett. — Puxei as rédeas fazendo Zeus partir para longe com seu galope. O ancião resmungou alguma coisa, mas não conseguia escutá-lo, nem se eu quisesse. 

Katherine

Cheguei em casa no horário habitual, minha irma e minha mãe estavam na sala falam sobre coisas fúteis como sempre, o escritório de meu pai estava vazio também, o que significava que se juntaria as duas em breve. 
—  Avise minha família que estarei no quarto. 
—  Sim, senhorita. —  O mordomo disse fazendo uma breve reverência. Subi os degraus como uma louca, Doroteia a essa altura já deveria ter alguma notícia para mim, assim que cheguei ao meu quarto toquei a campainha. Caminhei de um lado para o outro.
Por que eu estava tão ansiosa? 
Era só... um par de olhos... 
— Katherine! Se acalme! — Disse a mim mesma, caminhando até a janela, o sol já estava quase sumindo, mas o tom alaranjado no céu ainda deixa resquícios de sua passagem, um vulto na rua roubou minha atenção. Meu coração errou uma batida no peito, só isso explicaria o ritmo frenético que ele batia agora, minha garganta secou. Paralisei. Não consegui ver seu rosto, mas sabia que era ele! Sorri automaticamente. 
—  Senhorita?—  Dorotéia me chamou me dando um susto. —  Mandou me chamar?
—  Sim! —  Sai de perto da janela. —  Alguma notícia sobre aquilo que lhe pedi? —  Sente-me sobre o récamier a beira da cama.
—  Não há nenhum homem estrangeiro na cidade, apenas...  
— Diga de uma vez mulher!
—  Apenas o Duque de Campbell que retornou... 
—  Oh. —  Exclamei.
—  Fhilipa! —  Meu pai gritou no andar de baixo.  — Fhilipa!
—  O que aconteceu? —  Perguntei saindo do meu quarto com Dorotéia logo atrás de mim. —  Parei no pé da escada. 
—  Não faço ideia senhorita... —  Ela sussurrou.
—  O foi Joseph? Por que dessa gritaria? —  Minha mãe apareceu seguida por Cordélia. 
—  Não quero que nossas filhas saiam mais sozinhas! 
—  O quê? —  Exclamei. —  Por que? 
—  Me obedeça apenas uma vez, ok Katherine? 
— Não se o senhor não me disser por que?
— Havia um homem rondando a casa, é ate eu tomar as medidas de segurança ninguém saí daqui sem estar acompanhada, estamos intendidos? —  Nos três concordamos com a cabeça. —  Vou tomar para jantarmos. —  Ele passou por mim na escada. 
—  Katherine, será que não é o mesmo cavaleiro que encontramos no dia da modista. —  Cordélia disse, meu pai parou de subir os degraus. 
—  Que cavaleiro? 
—  O amigo de Kat... 
—  Ele não é meu amigo Cordélia! Nunca o vi antes! — Me irritei. — Para de inventar mentiras!
—  Respeite sua irmã! —  Mamãe gritou em minha direção. 
—  Mais ela está mentindo! —  Rebati.
—  Não vou perguntar de novo! Que cavaleiro é esse Katherine? —  Meu pai falou mais alto.
— O dia que fomos na modista, um cavaleiro quase me atropelou, não o conheço, nunca o vi antes! Eu juro! 
—  Está mentindo papai, ela parecia bem íntima dele, qual mais motivo ele estaria aqui de novo! —  Cordélia colocou lenha na fogueira. Lancei meu olhar raivoso em sua direção.
—  Vá para o seu quarto Katherine, é não saia de lá até a noite baile!
—  Mais! 
—  Não tem mais, suba! —  Ele apontou para o andar de cima. Marchei escada acima sem olhar para tras, Corelia me pagaria por aquilo!

Nota da autora:

Eu não sei se mato a Cordélia ou se suspiro pelo Harry o que vocês fariam? Comente aqui em baixo para mim!
Não se esqueçam da minha estrela e de me seguir no Instagram pra ficar dentro de tudo! Quem já me seguiu lá viu que postei um trailer e algumas informações e ceninhas, não me perder essa oportunidade!
Por hoje só eu volto amanhã! Com capítulo 3!

O Duque de Campbell | ** DEGUSTAÇÃO! Onde histórias criam vida. Descubra agora