TATO HIPNÓTICO PARTE II

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Virei-me para o casal que vinha em meu encalço e percebi que eles estavam cada vez mais perto

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Virei-me para o casal que vinha em meu encalço e percebi que eles estavam cada vez mais perto. Acelerei meus passos, contornando a fonte que havia no caminho e segui em direção ao café que o senhor havia me mostrado. Não sabia se eles estavam realmente atrás de mim ou não, mas não ia ficar para descobrir.

Olhei para trás e percebi que eles também estavam acelerando os passos. Aumentei os meus e acabei esbarrando em uma mulher que estava correndo no parque. Segurei seu braço e aquele olhar perdido de transe tomou conta do seu rosto.

— Me desculpa — pedi. — Continue andando.

Ela se soltou do meu toque e seguiu correndo, como se nada tivesse acontecido. Continuei andando rápido para ficar a uma distância segura do casal. Não sei se era um delírio da minha cabeça, mas parecia que as outras pessoas não conseguiam vê-los.

Deparei-me com um grande campo aberto no meio do parque, com um prédio em forma triangular ao fundo. Contornei o campo pela trilha à esquerda em direção ao café. Foi quando acabei esbarrando em um casal que corria.

— C'est quoi ton problème?! — o homem exclamou, empurrando meu peito. — Idiot tourist! — Pelo seu tom de voz, queria puxar uma briga comigo. Ele avançou de novo na minha direção, prestes a empurrar meu peito. Foi quando segurei suas mãos.

— Por favor, eu não quero brigar com você e você também não quer brigar comigo — disse, nervoso.

De repente, ele soltou minhas mãos e deu um passo para trás, com uma expressão suave no rosto.

— Sorry — ele disse. — I don't want to fight with you.

A mulher ficou surpresa pela atitude do homem, mas eu nem tinha entendido o que ele disse. O casal que me perseguia estava cada vez mais próximo. Girei nos calcanhares e continuei andando rápido.

Meu Deus, por que as pessoas agiam daquele jeito quando eu as tocava? Parecia... parecia até... Não acreditei que iria dizer isso, mas parecia muito um tipo de poder!

Droga, eu só podia estar sonhando.

O casal estava perto e eu estava quase chegando ao café. Consegui ver uma grande movimentação na frente dele, parecia que estava ocorrendo algum evento ali. Perfeito, ia conseguir me misturar à multidão e despistar os dois.

Foi quando vi um homem grande e musculoso correndo na mesma trilha em que eu estava. Resolvi testar algo. Se isso fosse um poder, tinha que funcionar, senão estaria em sérios apuros.

Abaixei meu olhar ao chão e caminhei na direção dele. Ele fez menção de desviar de mim, mas esbarrei nele e o segurei pelos braços, virando-me para o casal que me perseguia. O olhar do homem ficou perdido como o dos outros.

O casal desacelerou os passos ao me verem com ele. Voltei minha atenção ao homem.

— Você consegue ver o casal vestido de preto que está me seguindo — disse. — Não deixe que eles se aproximem de mim. Me proteja!

Os Escolhidos de RazielOnde histórias criam vida. Descubra agora