NECRÓPOLE PARTE IV

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Alice tocou na tela e ela logo acendeu, falando seu nome, o que a fez dar dois passos para trás, arrancando risos do arcanjo

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Alice tocou na tela e ela logo acendeu, falando seu nome, o que a fez dar dois passos para trás, arrancando risos do arcanjo. Lorenzo se aproximou da moça, para observar a tela, sendo reconhecido pela inteligência artificial misturada com a angelical.

— Como podem perceber, o Instituto está vivo de certa forma... — Raziel disse. Desviou os olhos para os lados, admirando o trabalho que construíra. — A energia é alimentada por um núcleo angelical que fica no piso inferior. Os quartos ficam ali. — Apontou para um corredor à esquerda. — E os demais cômodos para aquele lado. — Apontou para outro à direita. — E existem outros mais ao fundo, mas não se preocupem... Com o tempo, irão se acostumar. Agora, venham aqui. Ainda há muito para ser dito.

Raziel passou o braço sobre os ombros de Thiego e o puxou para o centro do grande salão. O jovem não pôde deixar de se arrepiar com o toque do celestial. Beatriz saiu de perto das diversas armas, desde facas de combate às espadas pesadas de um metal reluzente, não deixando de notar as runas parecidas com a sua e dos demais ali. Alice e Lorenzo vieram logo em seguida, se juntando aos outros.

Os quatro se posicionaram ao redor do anjo em um círculo aberto e em silêncio. Raziel soltou o ombro de Thiego e sorriu para todos, pondo suas mãos para trás e respirando fundo. Diferentes perguntas martelavam a mente de cada um, principalmente em relação às suas vidas a partir daquele momento.

— Certo, não estou acostumada com essa... calmaria. E como sei que todos querem perguntar exatamente o que perguntarei, serei atrevida e questionarei em nome de todos nós — disse Alice, sentando-se em uma das cadeiras próximas às mesas com as mesas de telas tecnológicas. — O que acontecerá com a gente? Com a nossa família...

— Não posso simplesmente sumir do mapa — respondeu Lorenzo. — Tenho uma namorada...

— Eu tenho uma família! Meu Deus, tenho que voltar — falou Beatriz, mexendo nos seus cabelos, visivelmente preocupada.

Devido à crise da jovem, os demais começaram a sentir o mesmo que a garota. Alice fechou os olhos e começou a contar até dez para se acalmar. Lorenzo sentiu sua respiração acelerar e o ar parecer faltar em seus pulmões. Já Thiego sentiu seus olhos lagrimando, uma sensação familiar que experimentara na câmara. Foi quando concluiu que o desespero em massa era causado por Beatriz.

Antes que pudesse se aproximar dela e fazê-la parar com o seu toque, o arcanjo a segurou no ombro, atraindo o olhar da garota.

— Acalme-se, filha — pediu, brando. — Veja o que está fazendo aos demais... — Beatriz se virou para os outros, notando a dor que os impugnava. Nervosa, forçou-se a relaxar até que percebeu o sentimento se esvaindo deles. — Quando você sente algo, qualquer emoção, seja desespero, tristeza, alegria... você faz com que os demais sintam o mesmo.

— Me desculpem — sussurrou. — E-Eu... não queria fazer isso.

— Está tudo bem... Ninguém ainda sabe como controlar muito bem esses... — disse Thiego, tentando encontrar uma palavra.

Os Escolhidos de RazielOnde histórias criam vida. Descubra agora