Capítulo 38 - Cuidado

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Em pouco tempo um homem alto, bem magro e loiro saiu de um Audi A8 e acenou para Sarah.

- Oiii Edwin! Quanto tempo! - ela disse indo até ele para um abraço.

- Sarah, Sarah... Você sumiu! - ele disse enquanto eu ficava boiando ao lado das nossas bagagens.

- Ah, Ju, esse é Edwin, o guia que eu te falei, nos conhecemos a tempos. E Edwin, essa é Juliette, minha namorada! - ela disse e ele me cumprimentou com um abraço.

- Seu gosto para mulheres continua em dia, em Sarah Andrade? - Sarah deu uma gargalhada e eu a encarei de cara fechada.

Edwin colocava nossas malas no porta malas do carro e eu não me contive mais.

- Como assim o gosto para mulheres se manteve? - perguntei alternando o olhar entre os dois.

- Juliette... Desde que eu conheço a Sarah, a mulherada fica nos pés dela, e olha... Ela escolhe bem! - o homem disse me deixando ainda mais irritada.

- Que moído é esse, Sarah? - perguntei enquanto entrávamos no carro.

- Que foi, Juliette? Não importa mais, é passado! - ela disse dando risada.

- Então tu passava o rodo, né Sarah? - perguntei cruzando os braços.

- Não! - ela resmungou.

- Sarah, mentir para a namorada é feio! - disse o guia.

- Está mentindo agora, é? - eu disse deixando-a mais apertada.

- Tá bom, tá bom... Eu saia com algumas quando eu tinha tempo, né! Eu achei que eu nunca fosse de namorar, Ju, até que você mudou totalmente a minha concepção! - ela disse tentando tirar minha pose de durona.

E já tinha conseguido, mas me mantive por mais um pouco.

- Uhum... Sei, e o Edwin sabe disso tudo porque você já trouxe todas elas para Amsterdã, é isso? - voltei a fechar a cara com raiva daquela teoria que eu criei na minha cabeça.

- Aí eu vou ter que discordar, senhorita! Amsterdã é sagrado para a Sarah, as poucas vezes que ela veio, veio sozinha. - ele disse e eu a olhei surpresa.

- É um dos meus lugares preferidos no mundo. Já vim algumas vezes para resgatar minhas energias, me dá uma certa paz... Você é a primeira pessoa que eu trago comigo, espero que te ajude Jujuba! - Sarah falou e meu coração acelerou.

Então era isso, tudo fez total sentido agora. Meu Deus, Sarah Andrade, o que eu tanto fiz para te merecer assim?

Olhei para ela completamente apaixonada e a abracei no banco de trás.

- Qualquer lugar que tenha você, já me traz paz! - eu disse baixinho.

Sarah me envolveu com os seus braços e me deu um beijinho na cabeça.

- Mas aqui... eu duvido que você não pegava ninguém, né Juliette! Eu duvido! - ela disse incluindo Edwin na conversa.

- Eu não, sou uma santa! - eu disse brincalhona e o guia deu risada.

- Ah, eu imagino! - falou com sarcasmo.

Andávamos pelas ruas mais conhecidas de Amsterdã agora. Sarah apontou pela janela e eu fiquei totalmente encantada com aqueles canais. Em alguns minutos, Edwin parou em frente a aquela casa que eu tinha visto na foto, mas era ainda mais linda ali, na minha frente.

- Vem amor! - Sarah disse dando uma risada enquanto eu ainda estava estática em frente à casa. - Vem ver aqui dentro!

Edwin nos ajudou com as malas e logo se despediu, dizendo que se precisarmos, ele estaria a postos.

À Beira do Penhasco - SARIETTEOnde histórias criam vida. Descubra agora