- Que boca suja, em Sarah? - disse minha mãe fazendo uma careta enquanto já entrava e Thaís a seguia ainda segurando a risada.- Mãe??? O que está fazendo aqui essa hora mulher? - imediatamente joguei o cabelo de lado sobre o pescoço tentando cobrir os chupões.
- Você só pode estar louca né, minha filha? Que ideia absurda é essa de trabalhar, Sarah? - ela falou séria.
- Ai dona Maria, não começa! Já levei muitos sermões, você sabe que eu detesto ficar atoa. Nunca fui acostumada assim, chega! Eu estou bem!
- Tudo bem Sarah, se você está bem, fico muito feliz por isso, mas podia pelo menos ter avisado. Eu sou a sua mãe, me preocupo! Não mereço ficar sabendo das suas coisas pela mídia! Eu te liguei mais de 20 vezes ontem, onde você se enfiou em minha filha? - ela falava tão rápido que eu mal conseguia raciocinar.
- Er... Eu... Eu esqueci de colocar o celular para carregar a noite, mãe, desculpa! - eu disse tentando arrumar uma desculpa que a convencesse, enquanto minha mãe me olhava ainda mais brava.
Puts. Nem celular eu lembrei que eu tinha na noite passada, Juliette Freire! Quero ver segurar esse b.o comigo.
- Você esquece que eu sou policial e que eu pesco mentira de longe né, senhorita Sarah? - ela disse semi cerrando os cílios para mim enquanto escutei um barulho na escada.
Olhei para ver como Juliette estava e quase tive um infarto.
- Saraaaaah, quem... Eita muléstia! - disse Juliette arregalando os olhos no meio da escada.
A morena estava só com o roupão semiaberto sobre o seio e parada feito uma estátua na escada.
- Er... Bom dia, Abadia! - ela disse com um sorriso enquanto Thaís nos olhava surpresa.
- Nooooossa, vocês duas têm roupões lindos! - Thaís disse brincalhona nos encarando enquanto Juliette tentava cobrir melhor os seus seios.
- Obrigada e não aconteceu nada comigo, eu estou bem, estou viva! - eu disse enquanto Juliette descia e era quase impossível meus olhos não serem puxados por ela.
Quando voltei a olhar para Thaís e para minha mãe, minha irmã tentava falar em língua de sinais comigo apontando para o pescoço dela e minha mãe me olhava surpresa. Levei alguns segundos para entender. Puta merda, os chupões.
- O que é isso no seu pescoço, em Sarah? - perguntou minha mãe fazendo Juliette querer enfiar a cabeça em um buraco na mesma hora.
- Er... Pernilongo! - eu disse rapidamente enquanto Juliette e Thaís caíam na gargalhada.
- Que foi, sua besta? - perguntei olhando para a Ju que se contorcia de rir.
- PERNILONGO, Sarah? JURA? Essa nem eu aguentei, desculpa, achei engraçado! - ela disse enquanto minha mãe já tinha mudado a cara de brava para surpresa.
- Agora eu entendi tudo, as duas travaram uma briga terrível contra os pernilongos a noite, né Juliette? Porque estou vendo mais dois chupões aí no seu pescoço também! - minha mãe disse enquanto ninguém conseguia mais conter a risada.
- Sariêta está vivíssimo, dona Maria! - Disse Thaís nos olhando brincalhona.
Percebi a expressão da minha mãe relaxar enquanto ela nos olhava com um sorrisinho bobo no rosto.
- Que bom que estavam se pegando e sendo felizes, porque pelo visto a noite foi boa em! - disse minha mãe enquanto Juliette corava.
- Er... Vamos fazer um café? - a morena disse nos conduzindo para a cozinha enquanto eu dava uma risada.
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À Beira do Penhasco - SARIETTE
FanficÀ Beira do Penhasco apresenta duas grandes empresárias, com jornadas totalmente diferentes, mas que passaram por muitas dificuldades para chegarem aonde chegaram. E agora que o destino uniu, o que será que vem desse encontro? Ah, e a semelhança entr...