Até que a morte os separe

Segredos são valiosos

CADE MEUS PIX EIM

vi muita gente prometendo, agora eu quero 

antes do capítulo gostaria de dizer que talvez tenha alguns gatilhos aqui então cuidado, pelo amor de deus

e ah, preparem que tem segredos sendo revelados aqui 

Bianca não se importou em chegar cinco minutos depois do encontro com Marina no banheiro, muito menos de se trancar em uma cabine com ela. Não se importou em beijá-la, em tocá-la e dizer coisas que sabia que a deixaria louca. Não se importou, mas não o fez por desejo, fez por vingança.

Quando deixou Marina sozinha, tentando dar um jeito na cara pós sexo que entregava sua traição, Bianca saiu tropeçando em pessoas já tão bêbadas quanto ela. Carregava o peso de ter feito algo que não queria, mas que sabia que magoaria uma pessoa que detestava. Deveria valer a pena, não? Se valia, porque estava se sentindo daquela forma?

Tudo fora intensificado quando acabou esbarrando em Alan. O ex amigo lhe segurou pelos ombros, pronto para pedir desculpas pelo esbarrão quando percebeu que se tratava de Bianca. Ficaram em silêncio, se encarando em meio às luzes brancas que piscavam de acordo com a batida da música, ambos sem saber o que dizer. Alan soltou os ombros da garota, pensando em se desculpar, quando Bianca o empurrou com o ombro ao sair para longe.

Não iria se apegar a aquela coincidência. Alan merecia aquele par de chifres mais do que ninguém e Bianca se sentia satisfeita por ter sido ela a presenteá-lo. E foi ao sair da casa de festas, procurando a moto em meio a tantas outras que teve a ideia de como faria para chegar aos ouvidos de Alan. Mandou uma mensagem para a pessoa certa antes de subir na moto para sair dali, quando ouviu alguém chamando seu nome. Ignorou como se não fosse com ela, tentando sair da vaga apertada. Talvez se estivesse sóbria, conseguiria com mais facilidade, mas não estava, e não tinha tempo para perder esperando voltar a sobriedade.

— Bianca, espera aí! — Ouviu novamente. Já sem paciência, Bianca esperou, se levantando e quase caindo no chão pela falta de equilíbrio. Só não foi de cara no chão por ter sido segurada por braços fortes. — Porra, Bianca.

— Me solta, garoto. Tá pensando que é quem? — Irritada, a garota empurrou Alan novamente, se apoiando na moto para se equilibrar. O olhar que o garoto lhe dava era de deixar qualquer um incomodado. Preferia que Alan tivesse ódio da sua cara a sentir pena, embora soubesse que a sua situação era de deixar qualquer um daquela forma.

— Eu só... Eu queria pedir desculpas. Não por hoje, mas por todas as outras vezes que eu fui um imbecil com você.

Bianca engoliu em seco, fitando o rosto do rapaz sem saber o que dizer. Alan parecia ser sincero, mal conseguia manter os olhos nos seus, parecia envergonhado, e tinha motivos para isso. O que Bianca não esperava era ouvir um pedido de desculpas dele. Um pedido de desculpas logo após ter transado com a namorada dele.

— Eu nunca devia ter te enforcado. Confesso que passei os limites com você e gostaria de me desculpar por todas as vezes.

— Por que você tá fazendo isso agora, Alan? Essa história já foi finalizada, já foi esquecida.

Alan deu de ombros, encarando os pés ainda constrangido. Não estava nos seus planos fazer aquele pedido de desculpas, mas sentiu que devia. Voltar a se aproximar da mãe depois de todo aquele caos fez com que ele entendesse o que tinha feito, e aquele cara não era ele. Alan se conhecia o suficiente para saber que jamais enforcaria alguém, nem mesmo se esse alguém dormisse com a sua mãe. Odiava ter sido levado pelo ódio, suas ações com Bianca revelavam muito sobre quem ele era e isso o assustava.