Até que a morte os separe

Grupo seleto dos casados

Capítulo pequeno porque me pediram pra voltar e eu queria muito recuperar a minha palavra, então estou aqui bebês

aproveitem a era clean, os momentos boiolas porque eles são deliciosos 

beijão 

 Durante o percurso de casa até o campus da faculdade de Alan, Rafaella contou ao filho os últimos acontecimentos do final de semana. Não contou sobre Rodolffo e o amante, por saber que era uma coisa que ele precisava falar e não ela, mas contou sobre o divórcio e sobre Bianca. Alan ficou em silêncio durante todo o tempo, fitando a janela enquanto a mãe dirigia. Quando Rafaella estacionou, um pouco incomodada pela falta de reação do filho, esperou que Alan saísse sem se despedir ou sem dizer nada. Já esperava por aquilo.

— Qualquer coisa, me liga. Eu chego rápido. — Rafaella tocou o ombro do filho temendo uma reação agressiva.

— Eu vou me adaptar. Só me dê um tempo.

Alan não deu espaço para que a mãe dissesse mais alguma coisa, saindo do carro com a mochila nas costas. Rafaella acompanhou o filho caminhando com o olhar baixo até o seu bloco, provavelmente constrangido pelos últimos acontecimentos. Foi oferecido a Alan uma outra faculdade, em outro lugar, mas ele não aceitou. O rapaz queria porque queria continuar ali. Com isso, Rafaella nada podia fazer a não ser esperar que ele não sofresse tanto, embora soubesse que até para isso Alan era privilegiado.

Enquanto deixava a mente vagar distante, uma batida no vidro lhe tirou da inércia. Do outro lado, Bianca abria a porta se acomodando no lugar que há poucos minutos Alan estava. Rafaella sorriu, se inclinando para beijar a garota como cumprimento. Bianca aceitou de bom grado aquele amasso antes da aula, afinal que mal poderia fazer?

— Calma. Eu tenho aula daqui a pouco. Não posso entrar na sala com cara de sexo. Seu filho é meu colega de turma. — Bianca fugiu das mãos de Rafaella quando a mulher invadiu sua calça em meio ao beijo.

— Você sempre estraga a brincadeira. — Rebateu a mais velha com a voz manhosa. Bianca riu, achando adorável.

— A idealização é mais gostosa que a prática, acredite.

— A gente teria que praticar pra eu ter a certeza, e por que não agora? — Insistiu Rafaella distribuindo alguns beijos maldosos pelo pescoço da outra. A mão na coxa apertava e arranhava por cima do jeans, esperando que Bianca mudasse de ideia.

— Rafaella, você é completamente viciada em sexo.

— Mas só com você.

Bianca sorriu convencida, cobrindo a mão de Rafaella com a sua. Se afastou minimamente, só o suficiente para fazê-la recuar. O último beijo que deram não foi desesperado como o primeiro. Foi calmo, até mesmo doce considerando o histórico das duas. Antes de se afastarem, Rafaella acariciou o rosto de Bianca, depositando seguidos selinhos até arrancar um riso da garota.

— Quero que almoce comigo hoje. — Com os braços ao redor do pescoço de Bianca, Rafaella disse, fitando diretamente os olhos castanhos.

— Vai me dar de comer? — O tom tendencioso e o sorriso de canto fez Rafaella revirar os olhos, mas acenou positivamente.

— E depois eu levo a fama de viciada em sexo.

— Merecia, aliás.

— Cala a boca, Bianca!

— Se eu calar do jeito que você quer, vamos ser presas por atentado ao pudor.

Rafaella riu, perdendo completamente a postura séria de antes.