Eduarda - 21 de Janeiro | Rio de Janeiro.
Eu já tinha pensando que a ideia de dar uma chave da minha casa para o Gabriel não era boa, mas acordar com ele no meu quarto me fazendo proposta doida só me confirmou o que eu já sabia. Pra que eu fui fazer isso?
- Que papo de que a gente vai sair é esse?
- Vai ter almoço com o pessoal do time e você vai comigo. - parei o que estava fazendo e olhei pra ele gargalhando.
- Melhor você voltar a dormir, o seu problema é sono. - ele revirou os olhos.
- É almoço com as famílias, meus pais estão em Santos, Dhiovanna tá em algum canto do mundo, Fabinho viajou, só tem você de família pra levar. - ele deu de ombros e começou a mexer no celular disfarçando.
O Gabriel é bem diferente de mim, apesar de nos parecermos muito. Além das atitudes eu gosto de dizer que amo as pessoas, sou mais pegajosa, abraço, beijo e afins, já ele até acontece esse tipo de demonstração mas normalmente é em atitudes, é quando ele me manda mensagem pra saber se tá bem, liga de chamada de vídeo só pra "vê se tá vivo". Então ele dizer isso é como se ele dissesse: Gosto tanto de você ao ponto de te considerar minha irmã.
- Aí Gabriel o que você não pede com essa cara de cachorro que caiu da mudança que eu não faço? - ele sorriu enquanto eu me levantava.
Depois de muito caçar no guarda-roupa escolhi um conjunto de cropped e short laranja e uma rasteirinha. Tomei meu banho e me arrumei enquanto passava as últimas notícias da minha vida pro senhor irmão mais velho.
Me vesti e peguei uma bolsa pequena colocando minhas coisas, descemos pro estacionamento, como dá pra se imaginar assim que o som do carro ligou o som estrondou me dândi um susto.
- Ta surdo? - gritei com ele que ria enquanto eu desligava o som.
- Para chata, curte aí. - voltou a aumentar o som cantando. - Ela quer dividir do que eu tenho, cartão, me passa a senha, cinto e calça da Balmain, yeah.
Não aguentei e ri entrando na onda, como minha tia mesmo fala, o certo era da um colocar limite no outro mas é um pior que o outro. O lugar era perto então não demoramos muito, assim que desci já dava pra ouvir o falatório e a música no local.
- Não vem pagar de tímida agora não ein?! - revirei os olhos e segurei a mão do Gabriel.
Realmente só estava o pessoal do time e suas família, Gabriel com seu espírito de prefeito de cidade saiu me arrastando pra cumprimentar todo mundo, me apresentar pro técnico novo e depois em deixou em paz sentando com o Arrasca.
- Lil Duda estás con vergona? - revirei os olhos e o uruguaio riu.
- Me deixa quietinha seu uruguaio safado! - Arrasca riu beija a lateral do meu rosto.
Senti alguém me abraçar por trás e tomei um susto, olhei pro cima do ombro vendo a Thaísa sorrindo pra mim. Puta merda, eu esqueci que o Pedro é do time. Sorri pra ela e percebi que o Gabi segurando riso. Idiota!
- Não achei que eu fosse te vê aqui. - Levantei abraçando a menina.
- Gabriel me prometeu uma bolsa nova se eu viesse, tá achando que é Saulo Pôncio eles.
- Prometi nada pra ninguém não! - ele falou me olhando sério.
Percebi o Pedro parado atrás dela a alguns metros de distância, Victor estava com ele e um casal que deveria ser seus pais.
- Vai lá falar com ele? - Thaísa deve ter percebido que o encarando, na verdade eu nem disfarcei muito.
- Acho melhor não...
- Vamos logo! - ela segurou minha mão me arrastando pra mesa deles - Olha quem eu já encontrei...
Pedro sorriu pra mim e se aproximou me abraçando, fiquei alguns segundos ali que pareceram horas. Me soltei cumprimentando o Victor e sorri para os pais dele.
- Pai. mãe. Essa é a Eduarda, ela é amiga do Gabriel.
A mãe dele me olhou sorrindo, já o pai o olhou desconfiado mas sorri pra mim. Os dois em abraçaram e me deram o tipo 2 beijos do carioca.
- Prazer em conhecer-los! Acho melhor eu voltar pra mesa antes que o senhor irmão mais velho venha atrás de mim.
- Ele tá bem preocupado contigo... - Pedro brincou e eu olhei pra trás vendo o Gabriel de resenha com o Beunnno Henrique.
Ri mas me despedi deles voltando pra mesa, Gabriel me olhou e começou a rir percebendo a vergonha estampado no meu rosto.
...
Pedro
- Então ela é a dançarina? - meu pai perguntou e eu olhei a Eduarda que estava sendo arrastada pela Sara, filho do Filipe para o campo de areia.
- É ela mesmo!
- Achei ela bonita, parece ser uma boa menina. - minha mãe comentou olhando na mesma direção que eu.
- É meio dosa das ideias mas é maneira. - olhei pro Victor com medo de que ele repetisse alguma merda que a Eduarda já tenha falado.
- Vou ali rapidinho e já volto...
Levantei da mesa e escutei a risadinha da minha família, passei pela mesa do Gabriel que já soltou um piadinha e segui pro lado de fora onde Eduarda brincava de bola com os filhos do Filipe Luís.
- Virou criança Duda? - ela me olhou e sorriu.
- Acho que eles me confundiram, levando em consideração meu tamanho... - ela deu de ombros rindo.
Fiquei de onde eu estava observando eles, não sabia que a Eduarda se dava bem com criança, apesar de que ali ela parecia ser mais criança do que eles.
- Cansei! - ela sentou do meus lado enquanto eles voltaram q brincar.
- Ué dançarina, cadê a resistência?
- Muito show e eu tenho feito uns exercícios ir fora, tem me cansado bastante. - ela me olhou debochada.
- Quando eu falo que você é um Gabriel de saia... - ela gargalhou.
- Você parece muito com seu pai. - ela comentou observando as crianças.
- Minha mãe te achou bonita! - ela arregalou os olhos e me olhou assustada. - Calma Duda. - Ela sorriu tímida e voltou a atenção as crianças. - Vai trabalhar esse final de semana? - ela assentiu.
- Só um show em São Paulo amanhã, domingo tô em casa.
- To pensando aqui, você aceita jantar comigo domingo à noite? - ela me olhou surpresa.
- Que?
- Isso, um jantar nós dois. Você aceita?
>>>>>>>>>>>>>>>>
Meta: 40 comentários para o próximo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Liberté • Pedro Guilherme
FanfictionLiberté. Liberdade. É tudo que Eduarda sempre quis. É tudo que ela tenta ter. É tudo que ela realmente encontra depois que Pedro entra em sua vida. Liberté. Liberdade. É tudo que Pedro sempre jurou que era. Pra falar a verdade, ele não se via pr...