DEZOITO

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Já se passava das nove horas quando Mikey finalmente acordou te puxando para mais perto do corpo dele, se virou para encará-lo enquanto ele tinha um pequeno sorriso em seus lábios passando a mão carinhosamente pelo seu rosto.

- A gente precisa ir embora. - disse com uma voz suave

- Será que precisamos mesmos? - ele fez biquinho

- Precisamos. - Deu dois tapinhas em seu ombro descoberto se levando da cama enquanto ele te olhava sem nenhum pudor.

Foi até o banheiro se arrumar mas Mikey foi atrás de você te agarrando por trás e dando beijos em seu pescoço.

- Você já chamou alguém pra nós buscar? - perguntou tirando as mão dele de sua cintura

- Já sim, logo o Mitsuya está aí. - disse entrem os beijos dado em sua pele

- Ótimo, estão vai se aprontar. - saiu do banheiro deixando ele com cara de frustração.

Mitsuya não demorou muito pra chegar, vocês já o aguardavam na recepção do motel. Mikey entrou com você na parte de trás do carro deixando o amigo como chover, as risadinhas e olhares de Mitsuya eram perceptíveis. Você logo teve sinal de telefone então aproveitou para mandar mensagem para Tom dizendo que precisava o ver urgente, Mikey também estava concentrado no seu celular, se consentrou na viagem de volta olhando a paisagem pela janela. Mikey fez sinal para seu amigo sem que você visse, logo ele subiu o espelho do retrovisor e quase ao mesmo tempo sentiu a mão gélida do maior em sua coxa a apertando de leve, seu olhar foi ferozmente até ele que não retirou a mão mesmo você tentando tirar ela dali.

Você travava um mine batalha contra a mão do maior em sua coxa até chegar a sua casa, por fim desistiu de tirar a mão dali e acabou se acostumando com o toque.

- Está entregue! - disse Mitsuya ao chegar na sua casa.

- O que acha de sair mais tarde? - Mikey puxa seu braço antes que consiga sair por completo do carro

- Foi só uma transa, não se apega não! - deu um sorrisinho falso, batendo a porta do carro de vez

- Porra! Essa foi foda! - Mitsuya disse ajeitando de volta o espelho retrovisor

- Cala a boca. - respondeu seco enquanto o amigo prendia a risada.

Estava exausta, tomou uma banho quente e demorado, ficando apenas de toalha deitada na cama. Alcançou o celular vendo que Tom havia te respondido.

Mensagem on:

Tom: também preciso falar com você é urgente
SN: pode me encontrar mais tarde?
Tom: Sorveteria da rua 38?
SN: combinado, te vejo daqui 20 minutos.

Mensagem off

Se levantou preguiçosamente indo até o armário, pegando o "uniforme" de sempre, calça jeans e blusa preta. Calçou seus tênis e pegou a chave da moto indo para o local combinado. Tom já estava na sorveteria quando você chegou, ele estava se servindo, sorvete de pistache e côco, o comprimentou e foi pegar o seu, o clássico sorvete de chocolate e morango.

- Não está com uma cara muito boa.

- Não dormi direito essa noite.

- Aconteceu alguma coisa?

- Só perdi o sono mesmo.

- Entendi. - Tom disse pegando um pouco do sorvete

- Indo direto ao assunto, tô tendo progresso com o Mikey, ele começou a falar mais sobre as atividades dá gangue.

- Não gosto disso, mas é oque temos né?

- Poisé, e pelo jeito a polícia anda preocupado ele.

- Isso é de se esperar de um líder de gangue não?

- Você não tá entendendo, o problema é esse, a policiais vendidos e nas mãos da Vallhala, e parece que essa semana as coisas não foram nada boas.

- Aquele filho da puta com certeza está envolvido! É isso que queria falar com você, o Marcos tá de volta.

- O Marcos ele não tinha sido preso?

- Não foi condenado por falta de provas, ele está na ativa de novo, certeza que essa movimentação é por causa dele, um policial exemplar que é mais vendido que uma prostituta!

- E esse desgraçado me conhece, isso vai ser problema.

Seu celular os interrompe apitando insistentemente, você o pega desligando o alarme que tinha colocado que até mesmo tinha se esquecido.

- Porra é claro, eu tinha me esquecido disso!

- Quer compartilhar a info ou vai me deixar boiando?

- Lembra dos arquivos eu roubei da boate? - ele concordou com a cabeça - Eu coloquei um alerta dos dias que estava marcados na agenda e hoje o Kisaki vai receber um carregamento de arma.

- E oque isso tem a ver com a gente?

- Bem provável o Marcos está la não?

- É uma possibilidade não tem como ter certeza. - você levantou as sobrancelhas indicando seu pensamento - Não! Você não vai nem fodendo SN!

- E eu perguntei?

- Você ta louca se acha que vai sair viva dessa.

- Eu preciso de você nessa Tom. - segurou sua mão em cima da mesa olhando com os olhos de "gatinho"

- Você fode comigo e nem me leva pra jantar antes. - ele disse rindo nasal

- Eu não conseguiria sem você! - sorriu vitoriosa

- Tá bom, me engana que eu gosto.

- Presta atenção, vamos fazer assim, eu sei onde vai ser a entrega, o Marcos provavelmente estará lá, e mesmo se não estiver não podemos deixar essas armas nas mãos deles, quando eu chegar no local vou tirar quantas fotos possíveis do Marcos e vou causar uma distração.

- Distração SN? Vai fazer oque vesti uma saia e dançar a hula? - recebeu um tapa seu na cabeça em resposta

- Porra presta atenção, você tem que está de prontidão quando o circo pegar fogo vou fazer uma denuncia anônima e aí você entra em ação.

- Não me parece uma boa ideia SN, e se te verem lá? Se pegarem você? Você faz parte da gangue rival fora que é uma ex policial, porra isso pode dar muito ruim.

- Tom eu vou fazer com ou sem você, você pode fingir que não sabe de nada ou me ajudar nessa, qual vai ser?

- Eu não vou deixar você fazer essa merda sozinha sua louca.

- Ótimo, a entrega está marcada às 20h, esteja pronto.

Vocês se despediram indo para suas respectivas casas, precisava se preparar para a merda que estava prestes a fazer. Quando chegou em casa foi até o sótão, abriu um grande baú que tinha o uniforme antigo do seu pai, algumas armas e o principal granada, sua distração seria bem extravagante.

Pegou todas que podia com cuidado as guardando em uma mochila, abriu no notebook um mapa da área traçando o melhor trajeto e onde se esconderia, tudo precisava está perfeito, um erro e isso custaria muito.

A noite chegou e você estava pronta, um rabo de cavalo alto, boné, moletom preto e uma calça folgada preta, tênis de corrida porque era o mais confortável que tinha, pegou sua mochila com cuidado, e uma glock que ajeitou na cintura, entrou no carro e foi a caminho do porto onde seria o carregamento.

Estacionou o mais longe possível a escondendo debaixo de uma lona, seu carro era muito chamativo, colocou a mochila nas costas e começou a caminhar como uma simples pessoa. Entrou no porto sem que ninguém te vesse e foi para um ponto estratégico, tinha visão privilegiada e ainda ficava escondida, chegou antes de tudo começar, não poderia se atrasar um segundo do seu plano ou tudo ia por água a baixo.

All I Need - Manjiro Sano (Mikey)Onde histórias criam vida. Descubra agora