Capítulo 4

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CLARISSA ARANTES

Fiquei longe deles por alguns minutos, enquanto eu me banhava, quando voltei ambos estavam sentados no sofá esparramados, cada bebê em seus colos choramingando, Andrew resmungava e Daner respirava fundo.

Eu ri baixinho mas foi o suficiente para eles notarem minha presença.

- Graças a Deus...  - Daner disse olhando para o teto, como se realmente estivesse agradecendo uma entidade divina.

Mas eu não caminhei até eles, fui para a cozinha, abri o saco de fraldas que ainda estava sobe o balcão, peguei duas juntamente de dois pacotes de lenços umidecidos, duas pomadas e voltei para meu quarto.

- Tragam eles! - Eu gritei.

Segundos depois Daner e Andrew estavam me olhando atentamente, sem entender, claramente confusos.

- Aonde colocamos eles? - Andrew perguntou baixo

- Vocês quem sabem, não sou eu quem vai trocar mesmo - Minha fala fez ambos me olharem surpresos

Daner tinha o cenho franzido mas quando entendeu, suspirou baixo e concordou com a cabeça

ANDREW BELLS

Caminhei até a lateral da cama, aonde deitei a bebê ao lado de um fralda, um pacote de lenços umidecidos e uma pomada.

Respirei fundo, que comece o treinamento.

- O que fazemos agora? - Eu perguntei, segurando no lugar a garotinha que choramingava, com medo de que ela pudesse se machucar com algo, mesmo sabendo que ela sequer rolava ainda.

- Vocês trocam eles - Clarissa passou por trás de mim e se encostou no batente da porta - Já podem começar.

É claro, ela não nos ajudaria.

- você é maldosa, Clari - Daner encarava o outro bebê atentamente.

Eu não disse nada, sabia que não adiantaria. Mesmo assim, eu fazia beiço de uma forma involuntária e só percebi que fazia, quando Clarissa sorriu para mim e negou com a cabeça de forma gentil.

Respirei fundo e comecei a desabotoar o macacão rosa, tirei ele da bebê com um pouco de dificuldade e quando abri a fralda do único jeito possível, puxando o pequeno lacre que cola, me arrependi, o cheiro era horrível e a coloração do produto fecal era estranha.

Me ajoelhei em frente a cama para fazer um trabalho melhor, tirei a fralda suja e a coloquei no chão do quarto, com o cenho franzido, eu peguei alguns lenços umidecidos e comecei a limpar a garotinha.

Não ousei encarar Clarissa mas olhei para Daner, ele estava com uma cara de confuso enquanto passava a pomada no pequeno bebê que agora já não choramingava mais. Só então percebi que a minha bebê também não estava mais chorando e isso me fez sorrir.

Passei pomada nela e quando fui colocar a fralda eu estava confuso, não havia a porra de uma etiqueta para me indicar o lado certo, mas quando olhei para Daner que iria colocar a parte que cola para frente, desviei meu olhar para Clarissa e ela revirou os olhos para nosso amigo.

Dois bebês e quatro amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora