Capítulo 17

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Enquanto todos estavam com suas listas em mãos preparando as malas, ou pelo menos se desesperando ao tentar, Daner se encontrava rindo de Clarissa, apoiado no batente da porta branca. — Seu ruivo idiota, pare agora com todo o seu charme safado, vá fazer suas malas e me deixem em paz! – Ela gritava para ele, preocupando-se que suas malas não estivessem boas o bastante e tendo a certeza que a distração a sua frente a faria esquecer-se de algo. 

O corredor longo da casa era um grande desafio, beirava a uma prova de sobrevivência, o chão de carpete camuflava as peças de montar e os carrinhos pequenos e de cores neutras, Hades segurando um telescópio corria de uma lado para o outro e a frase "Eu preciso de uma mala maior, me comprem uma mala maior!" era gritada a cada instante, de forma repetitiva e aguda. Violet por outro lado, jogava seus conjuntos de calor para o alto, colocando em sua mala as roupas largas e confortáveis, seu quarto estava uma grande bagunça, os vestidos floridos e leves eram amassados dentro da mala cor de rosa. Tyler sentiu seu pé direito doer ao pisar em um brinquedo, sua queda veio longa e lenda pelo corredor, a palma de suas mãos queimaram levemente ao raspar pelo chão felpudo, sua roupa de mergulho escorregou voando para fora de seu aperto e indo até o outro lado e quando seu corpo chegou ao chão, Hades pulou por cima dele, fazendo seu grande telescópio bater nas cotas a mostra do pai, arrancando um gemido dolorido .

— Desculpa, papai! – Ele gritou por cima do ombro, ainda correndo – Vou buscar no seu quarto uma mala maior.

— Hades, ai... merda. – Tyler se levantava enquanto reclamava ao sentir o corpo dolorido – Volte aqui, você não vai levar isso.

— Sem palavrões! – Violet cantarolava de seu quarto, durante uma risada.

Andrew desviou de um Hades fujão, passou por um Tyler rindo e quando chegou ao quarto de Clari que ficava em frente ao de Violet, começou a rir. — Por favor, Clari... – Sua frase morre com uma risada divertida – Somos ricos, deixe essas drogas em casa!.

— Sem palavrões, tio Andrew – Violet gritou ainda ocupada em suas roupas.

— Porra, Vi. "Droga" não é um palavrão.

Uma risada alta soou do quarto de porta brilhante, a menina ria mais do que poderia suportar. 

— Eu... me preocupo. – Clarissa finalmente disse – E se esquecermos de algo? um remédio ou uma roupa que gostaria de usar?

— Então iremos comprar o que quer que seja. – Andrew disse antes de se afastar da porta – Você é uma mulher hilária, minha mãe lhe conjugaria.

Daner por outro lado, mesmo sentindo sua risada entalar-se em sua garganta, se aproximou da mulher, e a virando para si, segurou sua cintura a olhando nos olhos, tentando passar confiança. — O que realmente está te atormentando, minha linda? – O homem ruivo sussurrava sua fala como um segredo, ele havia visto a brasileira estar inquieta a manhã inteira, desde que a ideia de ir viajar pelo final de semana tornou-se pauta.

— È a Sophia, queria que ela estivesse comigo, ela amaria um final de semana na praia. – Mesmo com os olhos tristes ao pensar na irmã em outro continente, um sorriso amável preencheu seu rosto com um pensamento;–  Ela está tão grande, é linda. 

O homem se encheu com o sentimento que refletia nos olhos dela, compartilhavam o mesmo sorriso quando ele voltou a falar:

— Ela virá para cá na próxima semana, sei que agora na adolescência ela tem outras reponsabilidades, a escola que você paga exige muito dos alunos. Então, ela pode vir no final de semana, eu pago as despesas. – Os olhos da mulher se encheram de uma alegria genuína – Aqui vem sendo o seu lar a muito tempo, não precisa sentir saudade dela... eu é que estou sentindo falta de viajar para o Brasil! dois anos é muito.

Dois bebês e quatro amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora