𝗚𝗟𝗢𝗢𝗠𝗬 𝗪𝗜𝗡𝗧𝗘𝗥 || 𝗝𝗼𝗵𝗻 𝗦𝗵𝗲𝗹𝗯𝘆

ᴠᴏᴄê ᴛᴀᴍʙéᴍ ғᴏɪ ɪɴᴄʀíᴠᴇʟ, ᴊᴏʜɴ sʜᴇʟʙʏ.

C A P Í T U L O   O N Z E
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Era aproximadamente seis da manhã quando John acordou, ele olhou para seu lado e não viu Scarlet. Vestiu-se, teria que voltar logo para a casa de apostas ou Thomas não o deixaria em paz.

Quando desceu as escadas, sentiu um cheiro forte de café vindo da cozinha. Assim que atravessou a porta o cômodo, viu Scarlet tomando café enquanto lia o jornal. 

— Buongiorno — ela o saudou, sorrindo.

— 'Bongiorno — falou desajeitado, arrancando uma gargalhada da ruiva.

— Você fala muito bem italiano, acredite — brincou, tomando um gole de café.

— É claro que sei — John selou seus lábios em um selinho rápido. Ele pôde sentir o gosto amargo do café.

Ele se sentou em uma cadeira na frente da mulher e encheu uma xícara para si, passando manteiga no pão logo depois.

— Vai trabalhar muito hoje? — ela perguntou, olhando atenta para ele.

— Sim — respondeu, depois de engolir um pedaço de pão. — As coisas andam meio agitadas nos últimos meses.

— Sério? — fingiu de desentendida. — Por quê?

— Apenas negócios. — sorriu, voltando a sua atenção para o presunto e queijo em cima da mesa.

Scarlet percebeu que ele falava de muitas coisas, menos dos negócios sujos dos Peaky Blinders.

Tomaram café da manhã e conversaram sobre coisas aleatórias, sem muita importância. A ruiva também percebeu que fazia parte da personalidade de John ser tão sem vergonha, e particularmente ela gostava disso.

A maioria dos gângsters que conhecia eram totalmente esnobes, de uma forma extrema, mas não era o caso dos Shelby. Em pouco tempo com os irmãos, ela percebeu que eles eram diferentes. Apesar deles serem gananciosos, ainda eram humildes. 

Scarlet nunca havia visto humildade naquele ramo, nunca.

— Não chore de saudades por mim, ouviu bem? — John brincou, despedindo-se da mulher.

Os dois estavam na varanda da casa, John vestido formalmente com suas vestes típicas, segurava a cintura da ruiva com firmeza. Enquanto Scarlet, vestida com o curto vestido de seda bege da noite passada, tinha as duas mãos entrelaçadas atrás do pescoço do gângster.

Se as belas colinas verdes em volta da casa pudessem falar, diriam que estavam vendo um homem despedindo-se de sua amada para ir a mais um dia de trabalho.

— Se você não tivesse falado isso, eu estaria chorando agora mesmo. — respondeu, entrando na brincadeira do rapaz.

Ele riu, fazendo-a sorrir.

— Quer que eu venha mais tarde? — perguntou em seu ouvido, deixando beijos no pescoço da ruiva logo em seguida.

— Thomas não vai matar você? — brincou, apreciando os beijos que o homem deixava em seu pescoço.

— Eu também sou o chefe, minha doce ruiva — respondeu. Ele passou seu nariz pela mandíbula, pescoço e clavícula, fazendo a mulher se arrepiar com o toque.

— Então venha — falou, enquanto John tocava partes estratégicas de seu corpo. — Preciso ensiná-lo a como me foder melhor.

John riu, voltando a olhar os olhos da mulher, desacreditado.