ᴇxᴛʀᴀ¹

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C A P Í T U L O   E X T R A
parte um

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Scarlet estava sentada na sua poltrona em seu escritório de Londres, ela admirava a gema de esmaralda que chamava atenção em seu anel de noivado.

Era regra, a maioria — se não todas — das joias que John dava para sua amada havia esmeraldas, ele falava para ela que assim que via o verde refletindo na peça, lembrava dos olhos dela.

A mulher ainda não acreditava que estava noiva do homem que amava e que havia ganhado três filhos incríveis. Um sonho se tornando em realidade.

Giuseppe entrou no escritório sem bater, era um hábito.

Os dois reversavam a administração em Londres. Scarlet não gostava de ter que transitar de Birmingham para Londres todos os dias, era cansativo e mal sobrava tempo para ficar com as crianças como tanto gostava.

A única pessoa de sua confiança era Giuseppe, então eles reversavam a administração. Nos dias mais importantes, era Scarlet que tomava a frente, enquanto nos mais tranquilos era Giuseppe.

— Entra sem bater? Esqueceu quem é a dona? — Scarlet fala, brincando como sempre fazia.

Porém o rosto do homem era sério, apesar de dar um pequeno sorriso para ela.

— O que foi? — Scarlet levantou depressa, indo ao encontro do homem. — Meus filhos estão bem, Giuseppe? O John...

— Estão todos bem, se acalme. — ele a interrompeu, rindo levemente.

— Então por que você está com essa cara? — perguntou irritada. — Você me mata de susto!

— Chegou uma carta, Scarlet — respondeu, mostrando a ela o envelope que até então ela não havia visto. — É da Itália, sua mãe te respondeu.

Mio Dio. — Scarlet sussurrou, apreensiva ao pegar a carta.

— Eu vou sair para que... 

— Vai sair nada, vai logo se sentar. — Scarlet o interrompeu, voltando para o seu assento.

Ela esperou Giuseppe sentar na poltrona a sua frente para que finalmente pegasse o canivete que estava em cima da mesa e usá-lo para abrir o envelope.

A caligrafia era impecável e bastante semelhante a de Scarlet, a mulher notou isso logo de cara.

Respirou fundo e começou a ler.

Scarlet Vacchiano

Comecei essa carta chamado pelo seu nome, não sei se  você gostaria que eu lhe chamasse de filha. Fico surpresa pela notícia de Sabini, não sabia como as coisas estavam em Londres desde que voltei para a Itália.

Estou feliz por saber que está noiva e que já tem três filhos, também estou aliviada por finalmente você estar livre e construindo sua vida longe da maldade de seu falecido pai.

Também tenho notícias de minha vida para você. Sou casada há vinte e seis anos, ele é um bom homem e sempre me tratou com muito amor e respeito. Também tenho três filhos, são seus irmãos. Eles são Giulia, Veronica e Matteo, são ótimos, queria que você os conhecesse.

Meu marido e seus irmão sabem da sua existência, sempre souberam, nunca escondi você e o meu maior desejo era te reencontrar.

Desculpe pela minha demora, desculpe por não ter te salvado.

𝗚𝗟𝗢𝗢𝗠𝗬 𝗪𝗜𝗡𝗧𝗘𝗥 || 𝗝𝗼𝗵𝗻 𝗦𝗵𝗲𝗹𝗯𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora