C A P Í T U L O
V I N T E E D O I S𓆙
Na casa de apostas, a família Shelby estava em reunião.
Thomas encarava Scarlet que estava ao lado de John, era um olhar indecifrável.
John havia informado ao irmão sobre os prejuízos e que o clube Eden foi devolvido a Sabini.
Arthur estava preso, acusado pelo assassinato de Billy Kitchen. Michael também estava preso, acusado de incendiar o pub The Marquis of Lorne. Thomas estavam sem homens. Uma ruína completa.
Thomas pensava se aquilo não tinha sido Scarlet. Tudo havia sido tão rápido e tão trágico, era planejado.
Os olhos de John estavam vermelhos, não dava para saber ao certo se era por conta do choro ou do álcool, com certeza era por conta do álcool.
— Desculpa, Scarlet, mas o que você faz aqui? É uma reunião de família, e você não é da família.
John olhou para a tia, certamente chateado. Ele ficou calado por compreensão, sabia que ela estava alterada por conta do filho.
— Eu não imagino a sua dor, Polly, mas eu sei que posso ajudar.
— Ajudar como? — perguntou, dando mais um trago no cigarro.
— Há pessoas que me devem favores, tanto na coroa quanto nas ruas — Scarlet voltou seu olhar para o líder. — Conheço alguns homens, Thomas, eles são irlandeses e me devem alguns favores, posso pedir para que nos ajude por alguns dias.
Thomas continua imóvel, pensando nas opções e em seus resultados.
— E o meu filho Michael? — Polly perguntou, desesperada.
— Há um homem de influência na coroa que me deve um favor, preciso apenas fazer um telefonema.
John olhava para Scarlet com desconfiança, que tantos favores eram esses que as pessoas lhe deviam? Era estranho.
— Certo, então faz o telefonema. — Polly aponta para o telefone na mesa.
— Calma, Polly, preciso da permissão de Thomas.
Polly olha para Thomas com ansiedade, ela estava prestes a bater no sobrinho.
— Cobre seus favores, Scarlet. — falou Thomas, acendendo um cigarro. — Eu vou para pegar o carro.
Thomas saiu da sala e Scarlet sentou na cadeira, preparando-se para fazer a ligação.
A ruiva dígitou o número e esperou sua ligação ser encaminhada. Assim que uma voz grave soou do outro lado da linha, a mulher sorriu.
— Olá, senhor Chester. Reconhece a minha voz?
— Certamente, o que quer?
— Preciso de dois favores.
— Dois? Que eu me lembre, era apenas um.
— Acontece que estou cobrando com juros, então é melhor me ouvir se não quiser ter os mesmos problemas de antes.
— Fale.
— Preciso que dois homens sejam soltos.
— Quais seus nomes?
— Arthur Shelby e Michael Gray, lhe dou até meia noite.
— Meia noite?
— Ah, claro, ainda não tive a oportunidade de visitar sua esposa, mas prometo que irei.
Scarlet desligou e olhou para Polly.
— Por que essa cara? Vá buscar o seu filho. — Polly sorriu, aliviada.
— Obrigada, Scarlet.
Polly puxou Finn, seu sobrinho, pelo braço e sumiu da sala as pressas.
John estava inquieto, desconfiado, sentia que não conhecia a mulher ao seu lado. Scarlet sentiu isso, então respirou fundo.
— O que foi, John? — perguntou, com receio.
— Você... — ele fechou os olhos, repensando nas palavras. — Por que tantas pessoas te devem favores?
Scarlet desviou o olhar, ela não queria contar mentiras para o homem que tanto amava. Aquilo partia o seu coração de diversas formas.
— John... — voltou a olhar em seus olhos. — Tem coisas que preciso te contar, mas ainda não posso.
Scarlet puxou a sua bolsa de couro que estava em cima da mesa e tirou um envelope de dentro.
John fitou o papel com certa curiosidade, pois nele tinha escrito o seu nome. Com um meio sorriso, a mulher colocou a mão na lateral do rosto dele e acariciou sua bochecha com o polegar.
— Eu te amo, John. — disse, beijando seus lábios calmamente. — Abra esse envelope caso alguma coisa dê errado e...
— O que vai dar errado, Scarlet? — ele perguntou, preocupado, cortando a fala da mulher.
— Abra esse envelope caso tudo dê errado e, por favor, acredite em cada palavra escrita nesse maldito papel.
— Meu amor, o que está acontecendo? — perguntou preocupado, segurando as mãos da mulher. — Eu posso ajudar, você sabe.
— Eu sei, meu amor. — ela sorriu. — Eu te amo.
— Eu te amo, sempre e para sempre. — disse e selou seus lábios ao de Scarlet.
[...]
Thomas estava no escritório de Solomons, finalizando uma negociação.Alfie queria que Thomas assinasse 100% de seu negócio, até ameaçou matá-lo com um tiro caso se recusasse. Todavia, o cigano era astuto. Ele havia deixado James, um novo amigo de Ada, do lado de fora da distilaria.
Dentro do local, ele fingiu amarrar o cadarço do sapato ao lado de um barril, tudo isso aos olhos do homem de confiança de Solomons.
O Shelby estava blefando ao falar que havia deixado uma bomba ao lado do barril, e que o homem do lado de fora da distilaria explodiria tudo caso ele não aparecesse em alguns segundos.
Alfie não sabia decifrar se Thomas estava blefando ou não, mas não decidiu arriscar. Então após uma negociação, o Shelby concordou em dar a Solomons 35% de seu negócio.
Agora eles eram sócios novamente, Sabini então perderá um aliado importante.
Thomas estava com um sorriso estampado no rosto, mas ele morreu quando Alfie lhe disse a seguinte frase:
— Acho que eu gostaria de saber que a mulher com quem meu irmão dorme, é filha do meu inimigo.As peças se encaixaram na cabeça do Shelby, ela havia armado para Arthur e Michael, ele tinha certeza disso.
A maldita mulher era um cavalo de troia.
𓆙
Após, sei lá, 5 meses? Eu decidi dar as caras. Espero que meus leitores (umas cinco pessoas) ainda estejam por aqui.
Por favor, não desistam de mim. Eu pretendo terminar a história até o final do ano.
Me perdoem caso tenha erros na escrita, não foi revisado, acabei de escrever e já estou soltando aqui para vocês.
Obrigada e até o próximo capítulo.
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𝗚𝗟𝗢𝗢𝗠𝗬 𝗪𝗜𝗡𝗧𝗘𝗥 || 𝗝𝗼𝗵𝗻 𝗦𝗵𝗲𝗹𝗯𝘆
FanfictionThomas, ambicioso como sempre, decide expandir seus negócios para Londres, onde acaba criando novos inimigos, dentre eles está Sabini e sua maior arma: Mamba Negra. Com os negócios da família em conflito, John acaba conhecendo uma adestradora de cav...