ɪɴɢʟᴇsɪ ᴅɪ ᴍᴇʀᴅᴀ

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C A P Í T U L O   D O I S

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Thomas passou apenas um dia no hospital, o mesmo havia dado alta a si mesmo e saiu. Ele precisava voltar para Londres e acertar as coisas com os judeus urgentemente.

Foram quatro dias de viagem para o gangster chegar em Londres, nesses quatro dias Scarlet sofreu bastante com o ombro baleado.

A mulher havia passado o primeiro dia dia desacordada, apesar de estar tomando os chás feitos pela empregada da casa por ordens de Sabini, aquilo não era o suficiente para se recuperar totalmente.

Passou o dia seguinte acordada, sentindo dor, mas a empregada lhe dava chá e fazia compressa fria para por no ombro da ruiva, aquilo a ajudava bastante a aliviar a dor.

No terceiro dia, a dor ainda estava presente, mas Scarlet conseguiu levantar sozinha. A mulher havia passado o dia inteiro lendo, tomando sopa e chá, e fumando seu cigarro.

No quarto, insistiu a Sabini para que voltasse à fazer suas atividades do dia a dia. Irritado com a insistência da mulher, aceitou, mas mesmo assim não daria nenhum trabalho pesado a mulher, apenas a faria acompanhá-lo para cima e para baixo.

[...]

Sabini lia o jornal do dia sentado em uma mesa de seu pub, Grande Greve nas Docas era a matéria que o gangster lia. Scarlet estava sentada em uma mesa no lado escuro do local, mal podia ser vista.

— Eu atiraria em todos eles. — opinou Darby para si mesmo enquanto lia.

O conselheiro de Darby, apareceu na porta próxima acompanhado de um policial, o corrupto no qual fazia serviços aos Sabini.

— Sr. Sabini? A polícia está aqui.

O gangster olhou para o engravatado ao lado de seu conselheiro e voltou o olhar para o seu jornal.

— Pede para limparem os pés.

O homem aproximou-se da mesa e sentou-se na cadeira de frente para o Sabini, e seu conselheiro sentou ao lado do chefe. Scarlet estava atenta, ela sabia que seu superior estava com raiva dos policiais, ele poderia explodir a qualquer momento.

— Por que tenho que lhe contar tudo o que aconteceu? — Darby iniciou a conversa.

— Não dá para revistar todos os trens que chegam de Londres. — respondeu o policial.

— Eles não andam de trem, andam de barco. Os barqueiros são todos ciganos, e ele não passa de um cigano. — rebateu o gangster. — Por que temos que contar tudo? — perguntou ao seu conselheiro.

— Não dá para revistar todos os barcos. — falou o policial.

Darby lentamente assentiu e continuou:
— Ainda bem que eu tenho um homem infiltrado dentro dos judeus. Esse cigano foi conversar com Solomos, e depois beberam uísque e fizeram um acordo. O Alfie deu um sal para ele, ou alguma coisa judia dessas que significa paz.

— O que exatamente o senhor quer que eu faça, Sr. Sabini?

Darby fungou, sentindo algum odor vindo do policial à sua frente, o conselheiro ficou em alerta, assim como Scarlet também ficou.

— Você pisou no cocô de cachorro e entrou aqui? — perguntou Sabini, sério.

O policial apenas riu fraco, achando aquilo uma piada.

𝗚𝗟𝗢𝗢𝗠𝗬 𝗪𝗜𝗡𝗧𝗘𝗥 || 𝗝𝗼𝗵𝗻 𝗦𝗵𝗲𝗹𝗯𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora