Texto.

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Não é um capítulo. É apenas um texto que eu escrevi sobre a situação pessoal que estou a passar neste momento e que de algum modo se conecta com o sentimento que Evelyn vai ter durante uma parte da história.

Sabias que tenho medo? Como uma criança assustada, tenho medo. Medo de não ser o suficiente para ti e porquê?  Isso faz sequer sentido quando tu nem és meu de todo? Não, não faz e mais uma vez isso assusta-me. Porque sou apenas mais uma menininha frágil que se deixou cair nos teus braços. E tu não queres saber
, queres? Claro que não. Olha para nós. Mas olha mesmo, com olhos de ver e explica-me como te quero tanto sem ao menos te conhecer o suficiente para te conhecer. Explica-me que fogo corre e se apaga a cada instante, cada momento que não estou contigo ou estou, tanto faz sinceramente e faz-me entender se isto é amor.
Que absurdo. Considerar amor um sentimento tão profundo, não é verdade? E agora explica-me porque não me queres, e não queres saber e amaldiçoas a vida, não a tua mas a minha, com pensamentos tão negativos, tão teus.
Faz-me enlouquecer e perceber que não vou aguentar muito mais tempo neste impasse de te ter e não te ter ao mesmo tempo nesse teu mundo e barreiras que criaste sem ao menos te aperceberes. E não deixas entrar. A mim que quero mais que ninguém perceber. Cuidar. Tratar como nunca te souberam tratar e agora diz-me, tenho eu a mínima hipótese? Eu movia montanhas só para te ter. Mesmo com esses pensamentos que te destroem sem perceberes. Não vês? Tudo o que eu quero é que sejas feliz. E porque quero eu que sejas feliz num mundo assim? Onde a felicidade são pós de perilim pim pim. E voam, e dispersam-se num movimento constante. Contrastante com todo o teu ser complexo, e incompleto. Porque não me fazes feliz? E eu continuo aqui, neste impasse que é só nosso. Pelo menos é só nosso.

Obrigada.

Bring me to life- Slow UpdatesOnde histórias criam vida. Descubra agora