Minhas pernas já estavam doendo de tanto andar. O motivo? Dona Rebekah Mikaelson nos obrigou a vir fazer compras para a bendita festa que ela resolveu inventar do nada. Eu já tinha olhado vários vestidos, mas até agora nenhum tinha me agradado. Estava analisando um vestido preto maravilhoso quando a loira oxigenada da Caroline me empurrou, passou na minha frente, e pegou o vestido.
— Você sabe olhar por onde anda, não? — perguntei, revirando os olhos. Sorte dela que hoje eu estava de bom humor.
— Licença, querida, mas esse vestido já é meu — ela sorriu falsamente e saiu rebolando aquela bunda de aspirina. Vadia.
— Vamos, Aly. Todo mundo já escolheu um vestido, menos você — Clary falou, impaciente como sempre.
— Ainda não achei nada que me agrade — suspirei, passando os olhos pelo local novamente, tentando achar algo.
— JÁ SEI! — Rebekah gritou, fazendo todas nós olharmos para ela. — Vamos para casa, Aly. Tenho um vestido perfeito para você — ela sorriu e me abraçou de lado.
— Então, vamos, né? Estamos super atrasadas — Freya falou, saindo da loja em direção ao carro, e nós a seguimos.
Chegando à mansão, estava praticamente tudo arrumado. Apenas alguns detalhes ali e aqui ainda precisavam de atenção, e os humanos que minha mãe tinha compelido estavam cuidando disso. As meninas, uma a uma, foram falar com seus "boys", e eu fiquei ali, encarando o teto, até que Rebekah veio até mim e me puxou para o andar de cima.
Entramos no meu quarto, e havia uma caixa branca em cima da cama. Eu não me lembrava de tê-la deixado ali.
— Eu guardei esse vestido porque sabia que, algum dia, poderia te ver com ele — Rebekah falou, emocionada, e nos sentamos na cama. — Sabe, Aly... Eu sempre imaginei toda a sua vida: seus primeiros passos, sua primeira palavra, tudo que eu perdi. Mas hoje você está aqui, e eu posso recuperar o tempo perdido. Temos uma eternidade, certo? — perguntou, segurando minhas mãos. Concordei com a cabeça, sentindo o peso das palavras. — Comprei esse vestido para sua formatura. Espero que sirva — ela disse, limpando as lágrimas e abrindo a caixa.
Tirei o vestido e fiquei boquiaberta.
— Uau, mãe, você acertou em cheio. É o vestido mais lindo que eu já vi. Muito obrigada! — sorri e a abracei forte.
— Agora chega de choro! Vamos, vá se arrumar, já está tarde. Pro banheiro, mocinha, você está fedendo — ela disse, me empurrando em direção ao banheiro, e eu ri.
QUEBRA DE TEMPO
Finalizo o batom e sorrio, me olhando no espelho. Nossa, que mulher gostosa.
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