Acordei naquela manhã sentindo o peso do mundo sobre os meus ombros, como sempre né, não lembro a ultima vez que havia tido uma boa noite de sono. Olho ao redor do meu quarto, repleto de memórias dos últimos meses em Nova Orleans, e a dor no meu coração só aumentou. A vida na mansão Mikaelson tinha sido intensa, cheia de emoções e confusões, mas a verdade é que eu estava cansada. O turbilhão de sentimentos que envolvia Klaus, suas promessas e o que eu acreditava que poderíamos ser juntos, agora parecia uma ilusão.Me levantei da cama,dirigi-me ao banheiro para me lavar, tentando afastar os pensamentos que me atormentavam. Enquanto a água fria escorria pelo meu rosto, fechei os olhos e respirei fundo. Eu precisava de clareza. Precisava decidir o que eu queria e o que estava disposta a enfrentar. A família Mikaelson era um campo minado de emoções e conflitos, e eu estava no centro desse caos.Após me arrumar, vesti uma blusa leve e jeans, algo simples e confortável. Olhei-me no espelho, tentando encontrar uma expressão que transmitisse confiança, mas o que vi foi uma mulher em busca de respostas.
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Olho o anel em cima da mesinha e tomo uma decisão que pode não ser a melhor do mundo, mas é melhor para mim, abro meu guarda roupa e começo a arrumar minhas coisas, colocando roupas e objetos em uma mala. A ideia de voltar para casa, para onde minha melhor amiga havia retornado, parecia a única saída viável. Se meu pai estivesse vivo, ele diria para eu não hesitar, para seguir meu coração. Mas o que meu coração dizia agora? Ele gritava por liberdade, mas também sussurrava por Klaus. Senti uma lágrima escorregar pelo meu rosto enquanto fechava a mala. O que eu realmente queria? O que eu realmente precisava?
Enquanto me perdia nesses pensamentos, ouvi a porta do quarto se abrir. Hope entrou, sua pequena figura iluminando o ambiente. Com seu cabelo castanho e olhos grandes iguais aos do pai,que raiva tudo me lembra ele, ela parecia uma versão miniatura dele com a mãe.
- Tia Aly! - ela exclamou, com um brilho de curiosidade nos olhos. - Para onde você vai?- Perguntou encarando a mala na minha cama e depois me encarando inocente
Fiz uma pausa e, por um momento, não soube o que responder. O coração se apertou no meu peito, e me agachei para ficar na altura dela.
- Eu vou voltar pra casa, bonequinha - respondi, tentando manter a voz firme.Hope franziu a testa, confusa.
- Mas aqui é a sua casa! - protestou. - Eu pensei que você iria casar com meu pai e que iríamos ser felizes.
Aquelas palavras me cortaram como uma faca. A inocência dela era linda, mas dolorosa ao mesmo tempo,não havia pensado um minuto sequer nessa bruxinha esperta a minha frente, claro que ela saberia a família toda já sabia. Um nó se formou na minha garganta, e eu a puxei para perto, envolvendo-a em um abraço apertado.
