8. Mulher Misteriosa

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May Smith pov.

Lisboa, Portugal - 09AM

Depois de horas conversando com Alex naquela enorme cafeteria, percebi que a tal garota, era muito, muito interessante.
Não pelo seus olhos, ou pelo sorriso, e nem por seus caracóis no cabelo. E sim pela sensação que ela me transmitia quando olhava em meus olhos.
Eu nunca havia sentido algo tão forte por alguém, nem por Jonathan. Verme!
Era intenso, não como o amor, e sim desejo.
Minha vontade era de levar a mesma para outro lugar, mas... Não! O que eu estava fazendo? Acabei de passar por uma desilusão amorosa e estou entrando em outra? Não! Você não é nem louca May Smith.

Estávamos conversando sobre como ela viera parar ali, no condomínio de Bryan...

Alex: - Na verdade eu sou canadense, vim pra cá para cuidar de uma prima minha que adoeceu, e acabei conquistando coisas aqui. Quais me fizeram ficar depois que minha falecida prima se foi...

Seus olhos encheram de lágrimas assim que terminou sua frase, então, ela tomou o que restara em sua xícara de café.
Com um embargo na garganta, tentei consola-la:

May: - Eu sinto muito, Alex. Imagino que deve ter sido difícil pra você, e ainda é! Mas sabe que pode contar comigo para o que precisar, não é? De alguma forma somos amigas agora... (Apoiei minhas mãos sobre a dela que se encontravam sobre a mesa, num tom de conforto.)

E assim que ouviu minhas palavras, se pôs a sorrir de novo. Ahh, tão linda...
Embora aquilo fosse muito novo para mim, eu estava a amar.
Depois de alguns minutos, percebi que as horas tinham se passado muito rápido, se formando 11h30.
Alex também percebeu, porém sua reação, diferente da minha, foi um pouco preocupante.

Alex: - Muito obrigado pelo café, mas tenho que ir agora.

May: - Sério? Quer carona?

Alex: - Não precisa, sério!

May: - Tudo bem... Nos veremos novamente?

Alex: - Creio que sim, quer meu número?

May: - Claro, seria um prazer.

Assim que ela me deu seu número, saiu pela enorme porta de vidro.
E foi assim, que eu conheci a primeira garota pela qual me senti atraída.


Voltando para o mundo real, notei que meu celular havia tocado mais de cinco vezes, e todas de Pietro.

O que será que aconteceu?
Abrindo o celular, cliquei no aplicativo de mensagens, vendo suas mensagens:

"May?"
"Onde estás você?"
"Tenho novidades sobre o baile"
"Precisamos por o plano em prática"

Ulala, que ótima notícia, vingança!
Para respondê-lo, apenas mandei:

"Certo, estou na cafeteria Boulevard. Venha me encontrar!"

E agora, tudo o que eu faria era espera-lo...

[...]

Alex Ricci pov

Lisboa, Portugal - 12h

Enfim, eu havia chegado no apartamento de Emma. Que não ficava tão longe do condomínio de Bryan, mas da tal cafeteria... Sim, e muito!
Apertei a campainha e esperei a mulher abrir a porta.

Emma: - Demorou de mais em, da próxima vez terei que dispensar seus serviços!

Sinceramente, eu só estava ali pela grana. Eu odiava a Emma e o que ela estava fazendo com o Sr. Rodriguez.

Alex: - Desculpe senhora, eu estava com May Smith, em busca de informações.

Emma: - E o que sabe até agora?

Alex: - Me parece que... (Fui cortada no mesmo momento.)

Emma: - Não te pago para parecer algo, quero informações concretas e certeiras! (Falou num tom grosseiro.)

Alex: - Me desculpe senhora. Não irá se repetir...
Bom, Bryan está vivo, em coma num hospital bem conhecido aqui da região.

Emma: - Certo, agora volte para lá e colete mais informações.

Alex: - Como desejar.

Flashback on:

Emma Borges: - Olá, você é a Alex Ricci, não é?"
Foi o que eu ouvi, quando estava debaixo do carro de um cliente arrumando, achando que a pergunta inusitada fosse de uma "cliente" respondi:

Alex: - Oh... sim, claro!
O que desejas senhora?

Emma: - Quero que trabalhe pra mim.

Achando aquilo muito estranho, sai debaixo do carro e me levantei para que eu pudesse vê-la. Era uma mulher branca, nem alta, e nem baixa. Olhos castanhos, quase pretos. Cabelos longos e lisos. Vestia um vestido listrado- preto e branco. Nos pés, saltos pretos.
Eu poderia facilmente me apaixonar, se ela não fosse tão misteriosa.

Alex: - Que tipo de trabalho?

Ela olhou para os dois lados, passou sua língua em seus lábios cor de sangue como um estímulo para falar, e foi exatamente isso que fez:

Emma: - Quero que seja minha espiã!

Pera, o que?

Alex: - E o que te faz pensar que eu aceitaria?

Emma: - Eu pago bem, e você está precisando de dinheiro.

Como ela sabia que eu precisava de dinheiro? Fiquei alguns segundos sem reação, apenas olhando a moça.
Ela aparentemente sem paciência disse me entregando um cartão:

Emma: - Esse aqui é meu cartão, tome. Você tem até hoje à noite para me ligar. E não, não aceito não!

Merda! Onde eu estou me metendo!
Assenti e esperei que a moça saísse de minha oficina.

[...]

Já era 19h30, o que eu faria? E se eu recusasse, o que ela iria fazer comigo? Me matar? Não! Eu não posso morrer, não agora.
Com medo de quê algo me ocorresse, liguei para a moça, logo em seguida aceitei. Então pude ouvi ela dizendo:

Emma: - Mas olha, se você não manter descrição, irá se arrepender...
Quero você aqui em meia hora, se apresse!

Caralho, puta que pariu! No que você está se metendo Alex?
Com meu coração aflito, peguei meu carro e fui em direção ao endereço que ela acabara de mandar.
Quando cheguei, notei um prédio enorme, classe A, totalmente de burguês.

Entrei na portaria, e um homem alto veio até mim, aparentemente um porteiro.

Moço: - A senhora Borges está em sua espera. O andar é o 12, e o apartamento, 202. Seja bem vinda.

Eu devia ter voltado para a minha casa, naquele exato momento...

[...]

Até A Loucura Subir À Minha CabeçaOnde histórias criam vida. Descubra agora