6. Dor e ódio

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May Smith pov.

Lisboa, Portugal - 05AM

Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo, logo à mim, que avisei do que poderia acontecer inúmeras vezes. E mesmo assim, aconteceu.
As palavras de Pietro não saiam da minha cabeça um só segundo.

"Pietro: - Mayz, atingiram ele! Tem muito sangue aqui, eu não sei o que fazer!"

Eu estava no hospital, na sala de recepção. Esperando que o médico aparecesse para dar notícias, eu estava com tanto medo de perder o Bryan que nem reparei o sumiço de Jonathan. O mesmo tinha dito que ia pra casa e não deu mais notícias.

Saindo dos meus pensamentos sobre Jonathan, reparei em Jessy. A mesma estava pálida e suava frio, como se quem tivesse levado o tiro fosse ela.
Embora os dois não fossem um casal, eu via que ela sempre amou Bryan, no fundo eu sabia que o mesmo achava ela interesseira.
Porém o que ele não sabia é que Jessy era uma das patrocinadoras mais fiel da empresa. Apenas eu sabia disso, pois a mesma tinha medo que isso mudasse a relação entre os dois. Tremenda bobagem, estranho mesmo era Bryan pensar que tudo o que Jessy queria dele era sugar sua conta bancária.

[...]

Eu já estava tendo um infarto de tanto esperar que o médico aparecesse, então fui até a recepção perguntar. A recepcionista me olhava com ar de desprezo, mal sabia ela que eu tinha poder suficiente para comprar o hospital, e demitir um por um.
Então, sem paciência, me pronunciei.

May: - Eu quero que você me fale agora onde está Bryan Rodriguez!

No mesmo instante, seus olhos se arregalaram. Assustada, ela falou:

Recepcionista: - Senhora, me perdoe mas eu não sei...

May: - Como assim você não sabe?! Vocês são um bando de imprestáveis mesmo. E quer saber, começa a contar os dias aqui. Não permitirei que você trabalhe aqui nem mais um dia. Inútil!

Terminando a conversa com a mesma, me retirei e fui em direção ao centro cirúrgico. O nervosismo estava tirando toda a minha paciência.
Ao lado de uma das salas, estava um grupo de cirurgiões conversando. Aproveitando, fui conversar com os mesmos.

May: - Vocês com certeza são os responsáveis pela saúde de Bryan Rodriguez, e se não forem, são agora! Eu quero saber onde ele está!

Então, um dos homens pediu licença para me levar ao escritório do cirurgião chefe. Acompanhando, notei que meu celular começou a tocar. Eu não iria atender, não estava nem um pouco preocupada com o resto do mundo.
Entrei no escritório e me sentei sobre a poltrona que estava à minha frente. E logo, o médico começou a falar.

"Infelizmente, a bala chegou perto do coração. Estamos estudando uma forma de tirá-la de lá, mas para isso, teremos que mantê-lo em coma".

Porra! Embora fosse horrível, eu tentava pensar em coisas positivas. Que ele iria ficar vivo. Pois eu faria de tudo para que ele voltasse à vida.

[...]

Voltando à recepção, fui até Jessy para lhe dar a triste notícia. E assim que contei, a mesma se pôs a chorar.

Jessy: - Eu devia ter ficado ali, com ele. Agora ele está à beira da morte e eu, não posso fazer nada para salvá-lo!

Até A Loucura Subir À Minha CabeçaOnde histórias criam vida. Descubra agora