Capítulo 20

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Christopher

Meus amigos estavam certos em dizer que eu era muito certinho, sempre segui regras e raramente fazia coisas imprudentes ou impensadas. Nunca cometi loucuras das quais me arrependeria futuramente, nem participei de planos malucos que pudessem me levar para a cadeia como meu irmão, e principalmente nunca me agarrei com uma mulher dentro do closet da minha irmã na casa dos meus pais, como estava fazendo exatamente agora.

— Chris... — Suzane gemeu quando chupei seu pescoço.

Eu a mantive encostada na parede, roçando meus lábios na lateral do seu pescoço, bem perto da sua nuca, vendo como tremia nos meus braços com cada pequena coisa que eu fazia. Outra vez a beijei calando seus suspiros e continuei a subir minha mão por baixo da sua blusa, sentindo o calor da sua pele e como ela se arrepiava cada vez em que eu tocava nas regiões mais sensíveis do seu corpo, que aos poucos eu começava a conhecer melhor.

Os últimos dois dias ao seu lado como mais do que amigos foram ótimos, talvez alguns dos melhores da minha vida, as coisas que eu sentia com ela eram diferentes de tudo o que já senti antes. Não tínhamos avançado tanto nos nossos contatos íntimos, pois eu queria ter Suzane por inteira e sabia que isso ainda não seria possível enquanto ela não acertasse as contas com seu passado e abandonasse suas inseguranças.

Eu fazia meu melhor para ajudá-la quando resolvia se abrir comigo e me contar mais partes da sua vida e dos seus medos, também dava apoio na sua ideia de encontrar Grace para que pudessem ter uma conversa definitiva e fechar qualquer assunto que tenha ficado pendente. Ainda que Suzane nunca tenha conhecido a mãe, as atitudes de Grace tiveram alguma influência na vifa dela.

Contudo, não ter avançado em algumas etapas não significava que eu conseguia ficar muito tempo sem tocá-la, e mais importante ainda, beijá-la. Eu nunca fui impulsivo e não era de fazer coisas sem antes pensar, mas desde nosso primeiro beijo ficou sendo quase impossível manter o controle, e ela não parecia muito diferente de mim. Quando a segui até o quarto da minha irmã e nos tranquei dentro do closet pouco antes de agarrá-la, em momento algum Suzane tentou se afastar, pelo contrário, ela parecia tão necessitada daquilo quanto eu ao me retribuir.

— Você está me enlouquecendo. — Falei afastando nossas bocas.

— Acho isso muito justo, porque você também está me deixando louca. Estamos nos agarrando no quarto da sua irmã!

— E estamos adorando. — Sorri malicioso e observei seu rosto quando acariciei seu seio vagarosamente.

Suzane arfou fechando os olhos e ficando ainda mais entregue nos meus braços. Ela inclinou o corpo de encontro ao meu toque e voltei a beijá-la sem deixar de tocá-la, atiçando seu desejo por mim e querendo que fosse tão forte quanto o meu por ela.

— Precisamos voltar. — Pronunciou tentando controlar a respiração, porém não fez nenhum esforço para se afastar, ou me fazer parar de acariciá-la.

— Acho que estamos muito bem aqui.

Reunindo todas as suas forças, Suzane segurou meu rosto me impedindo de voltar a beijá-la e me olhou tentando parecer séria, quando era óbvio que não queria parar.

— Cecília vai vir me procurar se eu não levar o colar e voltar para dar a minha opinião no vestido. E eles também vão notar que você sumiu.

— Quer mesmo voltar para lá agora? — Segurei sua cintura apertando seu corpo junto ao meu e passei a língua pelo seu colo, quase no topo dos seus seios.

— Não faça perguntas difícil, Christopher. — Choramingou quase sem voz e me olhou indecisa, depois mordeu o lábio inferior que eu queria estar mordendo e chupando agora. — Como você consegue me fazer ser tão irresponsável e louca, ao ponto de querer continuar me agarrando aqui com você ao invés de ir ajudar sua irmã?

Viagem Especial - Livro 3 Série: Paixão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora