Capítulo 14

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Seus olhos fecharam, mas só por um segundo, um lento e doce sorriso, espalhou-se em seu rosto. O seu olhar muito suave e caloroso.

— Você me encontrou!

Sarah mordeu o interior de sua bochecha, desejando a si mesma não explodir em lágrimas ao som de sua voz. Esta era a voz de que ela se lembrava e esperou para ouvi-la por tanto tempo. Esperou que a mais velha voltasse para ela por tanto, tanto tempo.

— Beatrice. — Ela apertou-lhe o pulso, puxando-a para si. Holland se mexeu um pouco na cama para acomodá-la, envolvendo-a em seus braços enquanto repousava a cabeça sobre seu peito. — Eu pensei que você havia se esquecido de mim.

— Nunca! — Ela engasgou enquanto as lágrimas começaram a fluir de forma incontrolável. — Pensei em você todos os dias.

— Não chore! Você me encontrou.

Holland fechou os olhos e virou a cabeça, sua respiração começou a se acalmar novamente. Sarah permaneceu muito quieta, não querendo que os seus soluços a perturbassem, tentando desesperadamente não agitar a cama enquanto ela deixava a tristeza e o alívio caírem sobre si. Lágrimas viajaram em pequenos rios por suas bochechas pálidas e pela a extensão do colo que estava sob sua cabeça.

Sua Holland tinha se lembrado dela.

Sua Holland tinha finalmente voltado.

— Beatrice. — O braço dela apertava sua cintura quando ela se moveu para sussurrar contra os seus cabelos, ainda úmidos do banho. —Não chore! — Com seus brilhantes olhos azuis fechados, a mais velha apertou os lábios em sua testa, uma, duas, três vezes.

— Senti tanto a sua falta! — Ela sussurrou, movendo os lábios contra seu busto.

— Você me encontrou. — A Professora murmurou. — Eu deveria ter esperado. Eu te amo!

Agora Paulson chorou ainda mais, agarrando-se a ela como se estivesse se afogando, e Taylor fosse a sua salvadora. Ela beijou a pele de seu peito levemente e passou os dedos para cima e para baixo em seu abdômen. Em resposta, as pontas dos dedos de Holland traçaram a carne de seus braços arrepiando-os antes de deslizar sob o tecido solto da sua camiseta. A mais velha moveu os dedos levemente em sua pele até que sua mão finalmente se aquietou contra parte inferior de suas costas. Ela suspirou profundamente e pareceu passar para a sua terra de sonhos, mais uma vez.

— Eu amo você, Holland! Tanto, que dói! — Disse, descansando a mão sobre seu coração, que batia suavemente.

Quando todas as suas lágrimas secaram, Sarah depositou alguns beijos hesitantes sobre os lábios macios de Holland, acalmando-a, e caiu em um sono profundo e sem sonhos nos braços de sua amada.

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Quando Paulson acordou, já tinha passado das sete da manhã. Holland  ainda estava dormindo. Na verdade, ela estava roncando, e pelo jeito, nenhum delas tinha se mexido a noite toda. Foi provavelmente o sono mais tranquilo que ela já teve, o único.

A garota não queria se mover. Ela não queria se separar da outra, nem uma polegada. Queria estar em seus braços simulando eternamente que nunca tivessem se separado.

"Ela me reconheceu. Ela me ama. Finalmente."

Sarah nunca se sentiu amada antes. Não era de verdade. Oh, a mulher tinha murmurado para ela e sua mãe tinha gritado, mas só quando estavam bêbadas, por isso, nunca as palavras entraram na consciência da garota. Ou no coração. Ela nunca acreditou nelas, porque as ações delas haviam mostrado que suas eram palavras falsas. Mas ela acreditou em Vause.

The Hell Of Holland TaylorOnde histórias criam vida. Descubra agora