Capítulo 59
Passo a tarde toda trancada no meu quarto, sim, um momento de paz, e que belo momento, embora esteja montando algumas peças de quebra-cabeça que na verdade estão acabando com a minha paz. Caramelo pega uma peça e trás para mim e eu resmungo um "Não é esse", ela pega a sacola com as peças e joga do meu lado
— Estressada — reclamo enquanto ela sai para deitar na sua caminha
— Caramelo, às vezes acho que você me entende super bem, já estamos tentando montar isso faz vários minutos e nem um encaixe perfeito nessa merda
Lucye comprou isso para mim, disse que eu não tive uma adolescência gentil e por isso trouxe coisas para eu me distrair, claro que aceitei de bom grado, recentemente ela me deu mais coisas que envolvessem eu e a Caramelo, para eu não brincar sozinha, acho que Lucye não tem mais contato com seus netos e assim me enche de presentes
— Cansei Caramelo, vou de caças-palavras agora — me levanto pegando uma sacola com mais coisas dentro e uso uma caneta para sublinhar as palavras
— Nem Albert Einstein saberia encontrar essas palavras — protesto
Ainda não encontrei a maioria das palavras
— Eles dizem que isso é um caça-palavras, mas na verdade não estou é caçando nada! Eu lá vou saber que tipo de droga é essa? Eu estou querendo é mesmo saber que droga esse cara usou para fazer um caça-palavras complicado desse, não é possível!
Talvez eu esteja exagerando? Talvez, mas na minha mente, nada está havendo mais foco do que minha noite com aquele idiota e também certas coisas que irão me acontecer ou estão acontecendo, se eu focar nessas duas situações, eu vou me dar mal do mesmo jeito, não tem por onde correr
— Ah não ser que... — falo sozinha
Ok que deu errado daquela vez, mas agora eu tenho a chance de me redimir, posso dizer em questão de 20% eu posso sair viva e os 80% morta, mas quem sabe isso pode mudar, os 20% aumentar e o 80% diminuir
— É isso que vou fazer, eu vou fugir! — falo e Caramelo esconde seu fucinho com a sua pata parecendo expressar vergonha ou dizer que não vai dar certo
— Não seja tão negativa Caramelo, eu sou doida na forma de sobreviver, mas no final, eu ainda sobrevivo — fico de pé — bom, acho que vou tomar um banho e dormir, deixar a porta bem trancada para eu não olhar para o Espanhol gostoso e nem ele aparecer aqui
— Você está trancada no quarto por que? — me pergunta
— Estou meio introspectiva, pensando na minha vida de pobre — encho minha colher de sorvete de morango
— Não vai jantar? — penso enquanto estou com a colher na boca, engulo o pedaço do sorvete
— Acho que não — respondo colocando em um potinho um pouco para minha bebê
— Christian quer todo mundo reunido na sala de jantar
Ele que se foda
— Primeiramente que eu não sou da família, segundo, você é um tarado, se envolveu com a empregada no primeiro dia de emprego dela, que sem vergonha — enfio a colher no sorvete de limão
— Ah, você ouviu? — tenho certeza que ele sorriu de lado ou com malícia
— pior que a mulher do berrante — faço careta
— Engraçado que também ouvi um barulho estranho a noite — fala e eu engulo em seco
— Deve que foi uma coruja cantando para anunciar a morte de alguém
— Não acho que seja uma coruja
— Um Urutau então?
— Não tem essa ave aqui — responde
— Nada é impossível, aquecimento global está ai, pode aparecer qualquer animal silvestre, como por exemplo, temos o touro do seu irmão, aquele corno! — digo e ele ri
— me deixe adivinhar, você perdeu a aposta?
— O que? Óbvio que não, perder é para perdedores e eu sou uma ganhadora
— Ah Kate, vamos lá, abre a porta para nós conversarmos — Enrico implora, esqueci totalmente que estamos falando pela porta fechada
— Está bem — falo me levantando do chão e destrancando a porta
— Você está tomando sorvete sem mim? — indaga e eu dou de ombros, ele é rico, pode comprar milhões de sorvete, e eu tenho que ficar pedindo para Lucye comprar
— Você poderia ser um homem de verdade e ter comprado para mim, o rico aqui é você, não eu — reclamo — Você não teve nem a capacidade de comprar um sorvete no dia do meu aniversário, e ainda diz ser meu amigo
— Para uma mulher no cativeiro, está exigindo de mais
— Eu sou uma preciosidade para o negociador do seu pai, me trate como eu mereço e receba seu prêmio — falo e ele revira os olhos
— está preparada para o senhor Blanco voltar? — Questiona e eu nego com a cabeça,
— ele vai estragar com meu plano de vingança, mas estou super ansiosa para ser entregue ao meu comprador como uma vaca leitoa perto de ser finalmente leiloada e depois morta
— Fiquei sabendo que o negociador te conhece
— Todo mundo agora me conhece, graças ao Hernandez Blanco, aquele fofoqueiro
— Enfim, admita que você perdeu a aposta com meu irmão
— Eu não perdi!
— Perdeu sim
— É óbvio que não
— E por que hoje cedo ele não parava de olhar para você?
— Porque ele é meu fã, estou acostumada a lidar com isso
— Olha Kate, eu sou cafajeste e conheço um cafajeste quando consegue o que quer e aquela feição no rosto do meu irmão já disse muita coisa
— Talvez ele tenha transado com alguma mulher por aí, ou até mesmo a secretária dele, vocês CEO são bons nisso
— Engraçado que ele me contou que ficou com você
— É mentira dele, você sabe, o que ele mais quer é vencer
— Eu já paguei ele Kate, sei que vocês transaram — diz e eu caio exausta do seu lado na cama
— Estou tentando esquecer disso e você está querendo me lembrar — cubro minha cara com o travesseiro
— Se fosse comigo, seria diferente
— Eu sei, mas em minha defesa, eu estava em um momento de carência, me entende? E você é muito fofo — digo e logo mudo minha expressão facial lembrando de algumas coisas
Escondo meu rosto com o travesseiro
— Você não é nada fofo, não é? — pergunto e acho que ele está sorrindo
— Depende do grau que me envolve
— independente das safadezas que você faz, tu ainda é o meu bebê — abraço ele — Você bateria no seu irmão por mim?
— Eu bato nele até sem alguém pedir — ele sorri de lado
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Eu amo a amizade desses dois🥺😍😭😭
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A Preciosidade De Um Gangster
RomanceKatharina Sanchez Rodrigues é uma garota perversa que vive se mantendo em confusão quando foi tirada do seu país de origem: Brasil. Contanto fora vendida para um bordel no México e desde então não aceita ser tratada como um objeto nas mãos de homens...