Capítulo 32

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 Capítulo 32

— mas que porra é essa? — o Espanhol gostoso diz e eu sorrio vendo a estátua na nossa frente

— Olha Caramelo, uma estátua em sua homenagem e aos outros cachorros

— Está de sacanagem comigo? Isso é uma estátua, uma estátua de cachorro! Como é possível? — Enrico diz perplexo

— Aqui os animais são adorados, que bom, Deus acima de tudo e os cachorros correndo atrás das motos 

 Saímos do carro e Christian e o segurança do lado dele piscam várias vezes

— Tem uma estátua dessas lá no Brasil? — indaga

— Eu não sei não — penso — mas deveria ter

 Solto a Caramelo e deixo ela apenas de coleira,  ela vai correndo para perto da estátua e fica rodando ela, vejo uma pessoa se aproximar e fazer carinho na minha cadela que se joga de barriga para cima

— Oi, um de vocês devem ser brasileiro né?

— Sou eu — Levanto a mão 

— Prazer, sou Maria Clara — se apresenta, nome típico que a maioria dos brasileiros tem

— O prazer é todo meu, sou Katherine, esses são Enrico e Christian, esse é o segurança deles que não conheço e aqueles ali de trás também! — falo e ela sorri fraco

— Ela já sabe quem nós somos! — Christian fala baixinho para mim

— Oh sim, dá para perceber pela forma que ela olha para vocês — falo

— Enfim, me acompanhem — ela diz e eu dou de ombros seguindo ela, chamo minha cachorrinha de volta que segue o mesmo caminho que nós. 
   Chegamos primeiramente em um bar onde toca música de pagode, ai que legal, tem umas fotos de jogadores, Pelé, Ronaldinho Gaúcho, a caricatura de Neymar, Romarinho,jogador antigo do Vasco e Ronaldo do Brasil.

— Nossa aqui é bem amarelo! — Enrico diz e eu franzo o cenho

— São as cores da nossa bandeira, amarelo, azul e verde, milagre que vocês deixaram a bandeira amostra lá fora, ainda acho que as pessoas vão pensar que é uma homenagem para Bolsonaro — falo e Maria Clara faz um careta desgostosa

— Não, não, já deixamos bem claro que não o apoiamos, está vendo aquele porta retrato ali? — diz e eu concordo — Está escrito "pau no cu do Bolsonaro"! — sorri

— Foi quem que fez?

— Meu filho

— Ele tem quantos anos? 

— Onze anos

— Já gostei dele 

— Vou mostrar para vocês, aqui tem mais coisas nesse bar, vejam, temos o hino nacional Brasileiro, tem o hino nacional Brasileiro paródia, você sabe, ouvira dos ipiranga malagueta, a sua professora é um capeta! — ela canta um trecho e eu começo a rir

— Essa época era boa, lembra que isso acontecia quando reunia todos os alunos no pátio? Fazíamos questão de cantar a paródia, foi ai que todos assinaram ocorrência e eu também!

— Eu assinei ocorrência só porque trouxe esmalte rosa e pintei as unhas do meu professor de história enquanto ele estava dormindo na sala com todos os alunos juntos, o cara simplesmente apagou, e ainda tiveram coragem de me fazer assinar ocorrência, sendo que o professor que não fez o trabalho dele porque estava dormindo — Dá de ombros — Tive uma reputação a zelar, agora os meus filhos que estão fazendo isso — ela suspira — eles são uma graça

A Preciosidade De Um GangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora